O consórcio vencedor do processo negocial da privatização da Tap tem uma estratégia para colocar a transportadora aérea em condições econômicas e financeiras saudáveis. A proposta de Neeleman e Pedrosa propõe a renegociação da dívida da companhia aérea, esperando que o pagamento das obrigações possa ser adiado até 2020.
O objetivo do consórcio Gateway é o de conseguir acordar com os credores linhas de financiamento entre sete a dez anos e adiar o pagamento das obrigações por um prazo de dois a cinco anos. No mesmo documento, o consórcio solicita a ajuda do Governo – que detém ainda 34% da Tap – para renegociar a dívida com os credores, algo que, segundo o Dinheiro Vivo, o Executivo aceitou fazer ainda antes da assinatura do contrato de compra e venda.
Esta privatização traduz-se, num primeiro momento, num encaixe de 10 milhões de euros para os cofres do Estado. No entanto, este valor pode aumentar em 90 milhões caso a transportadora aérea entre em Bolsa até quatro anos após finalizado o negócio com o Governo.