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Aviação / Política

Abear destaca desafios em audiência sobre precificação do QAV na Câmara dos Deputados

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Audiência pública extraordinária na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados (Divulgação/Abear)

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) participou de uma audiência pública extraordinária na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados para debater a precificação do querosene de aviação no Brasil. A política de precificação da Petrobras (também chamada de sistema de Preços de Paridade de Importação) foi o assunto principal da reunião

“Vivemos um problema muito sério e bastante claro: o barril de petróleo subiu 48,4% entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021. O QAV (querosene de aviação) no ano passado subiu 91,7%, quase o dobro do petróleo, sendo um aumento de mais de 60% de janeiro a junho deste ano”, explicou o presidente da Abear Eduardo Sanovicz, durante a audiência. “O querosene não é comprado diretamente pelas pessoas, mas quem paga por esse aumento somos nós que compramos bilhete aéreo, pois no Brasil o querosene corresponde, em média, a 40% em média do preço de uma passagem, enquanto a média mundial é de 20 a 24%”, completou, destacando que a disparada do câmbio também impacta nos valores, pois a política de preços da Petrobras dolariza o QAV.

Além disso, Sanovicz citou que outros fatores críticos são a capacidade de consumo das pessoas que viajam a lazer – que não se recuperou totalmente dos efeitos da pandemia – e a capacidade de investimento das empresas de eventos, feiras e negócios, que também não está completamente recomposta. “Porque pagamos no combustível (que é produzido em 96% aqui no Brasil), o mesmo preço da produção de Dubai? Será que todos os custos estão colocados como deveriam?”, questionou.

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