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Aviação

Abear, Iata e Alta debatem processo de recuperação do modal aéreo

aeroporto brasília inframérica

Apoio financeiro dos governos à indústria, ao longo de 2020, chegou a US$ 173 bilhões

O processo de retomada do transporte aéreo, ainda em meio à crise provocada pela pandemia da Covid-19, e as perspectivas da indústria da aviação para 2021 foram temas discutidos nessa terça-feira (24), em painel do Air Connect DX, que reuniu Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), José Ricardo Botelho, CEO da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), e Dany Oliveira, diretor Brasil da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), Dany Oliveira.

Segundo José Ricardo Botelho, os países latino-americanos que se alinharam aos protocolos desenhados pelo grupo CART, da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), adotando todas as medidas de biossegurança preconizadas e mantendo abertos os espaços aéreos observam agora um retorno gradual do crescimento do mercado doméstico. E que isto acontece também porque o passageiro está se sentindo mais seguro para voar.

Botelho defendeu, em caso de exigência de exames antes do embarque, a testagem padronizada de passageiros, ao invés da adoção da quarentena. “A quarentena impacta a demanda. Quem vai querer viajar sabendo que deve passar 14 dias isolado ao chegar ao destino? Quando o passageiro percebe que existem protocolos que estão sendo seguidos desde o momento que ele pisa no aeroporto, no embarque, durante o voo e até o desembarque, ele passa a voar com tranqüilidade e isso é comprovado pelas pesquisas. A cadeia da indústria da aviação é segura como os estudos têm demonstrado”, afirmou.

Em relação ao apoio financeiro dos governos à indústria, Dany informou que, ao longo de 2020, os valores chegaram a US$ 173 bilhões e que, para 2021, a expectativa é de que sejam necessários pelo menos mais US$ 70 bilhões para as companhias aéreas. José Ricardo Botelho mencionou que, diante da segunda onda da Covid-19, as companhias aéreas europeias já negociam mais ajuda ao setor com seus respectivos países.

Sobre as perspectivas que se colocam para a aviação civil em 2021, todos os participantes do painel concordaram que, além dos aspectos relacionados à pandemia, há 3 temas que devem ser trazidos de volta à agenda no Brasil: o combate ao excesso de judicialização no setor aéreo, a revisão da precificação do querosene de aviação e a atenção ao processo de eficiência da infraestrutura aeroportuária.

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