A Aerolíneas Argentinas deve receber até US$ 880 milhões em subsídios provenientes do governo federal para “sobreviver” em 2020. De acordo com o presidente Luis Pablo Ceriani, por conta do tamanho do impacto econômico causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a companhia não retomará seu ponto de equilíbrio econômico pelo menos até 2027. Ceriani disse ainda que a Aerolíneas não voltará a ser lucrativa pelo menos até 2025.
Em entrevista à Bloomberg, Ceriani também afirmou que os déficits orçamentários da companhia aérea foram de cerca de US$ 680 milhões no ano passado e persistirão até a recuperação da demanda, o que não é esperado até 2022. “Planejamos reduzir as perdas estruturais a partir de 2022. Esse é um horizonte razoável nessa situação atual”, disse ele.
Ceriani acredita que a eventual recuperação da companhia será será auxiliada pela adição de aeronaves de carga de grande porte, para voar principalmente de e para a China e os Estados Unidos. Antes disso, haverá a fusão com a subsidiária Austral como parte de um plano de economia de US$ 100 milhões em três anos.
Como divulgado pelo M&E, a Aerolíneas está comprometida, a não demitir nenhum de seus 12 mil funcionários, embora tenha iniciado negociações com sindicatos para suspender os contratos de 7,5 mil de seus colaboradores por dois meses até agosto.