SÃO PAULO – O grupo Air France-KLM apresentou um balanço geral de 2023 e importantes conquistas no mercado brasileiro. O encontro, realizado nesta terça-feira (12), reuniu executivos do grupo como Manuel Flahault, diretor Geral na América do Sul, e Sylvain Mathias, diretor Comercial na América do Sul, e abordou temas como a retomada da companhia no mercado em 2023, parceria estratégica com a Gol, sustentabilidade e mais.
“Não estávamos esperando uma recuperação tão rápida e ela veio forte, mostrando a importância do mercado brasileiro. Foi nosso segundo mercado do continente americano a retomar e crescer nos níveis pré pandemia – perdendo só para os EUA“
Sylvain Mathias apresentou primeiro um panorama sobre as companhias no Brasil. Atualmente, o grupo possui 39 voos semanais do Brasil para a Europa. Pré pandemia, 44 voos semanais conectavam os destinos. Vale ressaltar que Air France-KLM nunca deixou de voar para o Brasil. “Durante a pandemia continuamos voando constantemente, algo que nos orgulhamos e nossos clientes se lembram disso. Agora, nós já quase voltamos aos níveis pré pandemia. Não é algo fácil mas estamos voltando”, afirmou Sylvain.
Em São Paulo, tanto a Air France quanto a KLM já retomaram todas suas operações, com 14 voos semanais (dois diários) da Air France e um diário da KLM, enquanto no Rio de Janeiro, a Air France conta com um voo diário – ainda não tendo recuperado os dez voos pré-pandemia, a mesma oferta da KLM, tendo alcançado os níveis pré pandemia. A Air France também recuperou seus três voos semanais de Fortaleza e inaugurou este ano a rota de Belém, com 1 frequência semanal.
Em capacidade, a Air France teve no Brasil um crescimento de 16% em 2023, se comparado a 2022 e quase igualando a 2019, enquanto a KLM permaneceu igual a 2022 e ainda abaixo dos níveis de 2019.
Já em receitas, os números estão muito acima dos níveis pré-pandemia (+69% vs. 2019) impulsionado por rendimentos muito elevados. As receitas corporativas também estão 32% acima de 2019. Outra conquista foi o aumento de número de passageiros transportadas de/para em 2023, que cresceu 14% se comparado a 2022.
“Não estávamos esperando uma recuperação tão rápida e ela veio forte, mostrando a importância do mercado brasileiro. Foi nosso segundo mercado do continente americano a retomar e crescer nos níveis pré pandemia – perdendo só para os EUA. Foi um ano balanceado em oferta e demanda e de boa receita. Todos os nossos voos estão com mais de 90% de ocupação de assentos, com exceção da rota de Belem, que ainda é muito nova. Mas em todas as outras estamos acima, muito melhor do que 2022 e acima também de 2019 – pré pandemia. Além disso, a satisfação dos clientes também cresceu nos últimos meses, acima da nossa meta”, afirmou Manuel Flahault.
Parceria com a Gol
Manuel ainda falou sobre a importante parceria com a Gol. Mais de dois milhões de passageiros já beneficiaram da parceria desde a sua introdução em 2014. O acordo oferece conectividade para 80 destinos europeus e 45 destinos no Brasil.
“Essa parceria é a chave para o nosso sucesso no Brasil. Em outubro, assinamos a extensão da nossa parceria para mais 10 anos. Parceria que começou quase dez anos atrás, em 2014. Isso mostra o compromisso e a confiança que temos nesse mercado”, disse ele. “Nosso novo foco daqui para frente será em melhorar a experiência do cliente e dos serviços oferecidos, auxiliando a Gol também em manutenção”, explicou Manuel.
SUSTENTABILIDADE – O diretor falou também sobre os esforços das companhias em sustentabilidade. “É um desafio da indústria e estamos bem comprometidos. Fomos um dos primeiros grupos a trabalhar com objetivos altos como o carbono neutro até 2050, trabalhando com combustível mais sustentáveis. Comecamos a implementar o SAF ano passado na Europa, e nossa ambição é chegar a 10% de SAF na nossa frota até 2030. No Brasil, trouxemos duas novas aeronaves das mais sustentáveis da nossa frota, que significativamente diminuem a emissão de carbono e a pegada de ruído também”, disse.
EXPECTATIVAS PARA 2024 – Ainda de acordo com Flahault, para 2024, o principal desafio será “repetir os bons resultados de 2023. O mercado deve estabilizar. Todos os mercados já voltaram, então acredito que já passou a euforia e a demanda reprimida do pós covid. Trabalharemos para continuarmos rentáveis, para continuar investindo e ter disciplina com os custos. Sabemos que tem inflação vindo então queremos manter a produtividade com custos controlados. Mas estamos confiante no mercado brasileiro em 2024”, finalizou o executivo.