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Aviação

Airbus manda Qatar Airways procurar Boeing se quiser encomendar novas aeronaves

Akbar Al-Baker, CEO da Qatar Airways

Akbar Al-Baker, CEO da Qatar Airways, não está nada satisfeito com a Airbus

A novela envolvendo Airbus e Qatar Airways ganhou mais um capítulo nesta semana, com o anúncio por parte do fabricante francês sobre o cancelamento do terceiro pedido do A350-1000 da Qatar Airways. A decisão acontece após a transportadora se recusar a receber mais unidades do modelo até que o fabricante conserte defeitos na pintura da fuselagem, um problema que teve início lá em dezembro de 2021 e segue se arrastando.

Em janeiro, a Airbus já tinha cancelado dois pedidos de A350 e também estava exigindo US$ 220 milhões em danos pela recusa da Qatar em receber novos A350s. E apesar de toda esta polêmica, a Qatar Airways ainda tem vinte A350-1000s para receber. Por outro lado, a Qatar Airways também entrou com uma ação contra o fabricante no Tribunal Superior de Londres, pedindo US$ 618 milhões em danos (os valores já passam de US$ 1 bilhão pela correção monetária).

A Autoridade de Aviação Civil do Catar (QCAA) até agora aterrou 23 dos 53 A350s da Qatar Airways por motivos de segurança. No final de março, a companhia argumentou que a exposição da fiação de cobre anti-relâmpago aumentava o risco de ignição do tanque de combustível. A Airbus, apoiada pela Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (Easa), admite que o problema existe, mas nega que isso afeta a segurança.

Airbus manda Qatar procurar Boeing

Paralelamente às discussões sobre os A350, as duas empresas estão envolvidas em uma ação judicial relacionada à decisão da Airbus de cancelar unilateralmente pedidos de 50 A321-200neo feitos pela Qatar Airways. A companhia argumenta que a Airbus não tinha o direito de cancelar o pedido unilateralmente e que a decisão deixaria a transportadora sem alternativa durante um período de alta demanda esperada. As entregas do A321neo da Qatar Airways deveriam começar em 2023.

Impaciente, a Airbus argumentou que a companhia aérea poderia encomendar aeronaves de arrendadores ou até mesmo da concorrente Boeing como alternativa. A advogada do fabricante, Sonia Tolaney, chegou a afirmar que o B737 MAX tinha um “alcance comparável, senão melhor” ao A321neo.

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