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Embora o número represente 21% a mais de passageiros do que em janeiro de 2022, segundo a Alta, houve uma leve desaceleração em relação a dezembro de 2022 (Eric Ribeiro/M&E)
Exatos 31,3 milhões de passageiros foram transportados em janeiro de 2023 por toda a América Latina e Caribe, 3,6% abaixo dos níveis de janeiro de 2019, de acordo dados divulgados pela Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). Embora o número represente 21% a mais de passageiros do que em janeiro de 2022, segundo a Alta, houve uma leve desaceleração em relação a dezembro de 2022, quando a região atingiu os níveis pré-pandêmicos, com 32,3 milhões de passageiros.
Além disso, pela primeira vez, América Latina e o Caribe (LAC) não lideraram a recuperação de passageiros globalmente. Neste mês, a África obteve a melhor recuperação, com 99,6%, e a nossa região se posicionou como a segunda no mundo com a maior recuperação, seguida pelo Oriente Médio e América do Norte – ambas com 95,7%, a Europa com 81,8% e o Sudeste Asiático 75,6 %.
“Nos últimos anos, a indústria aeronáutica da América Latina e Caribe demonstrou enorme resiliência e em 2022 consolidou-se como a região do mundo com as melhores taxas de recuperação de passageiros. Os dados de janeiro deste ano refletem uma ligeira desaceleração da trajetória e as perspectivas desafiadoras que teremos em 2023”, afirma José Ricardo Botelho, CEO da Alta.
Botelho explica que existem muitos fatores que jogam contra os esforços que o setor empreende para se recuperar, tanto operacional quanto financeiramente. Alguns exemplos são o alto preço do combustível convencional e sustentável, os altos impostos que incidem sobre o valor das passagens, a falta de competitividade e regulamentações ultrapassadas.
INTERNACIONAL – No tráfego internacional de passageiros, vários países continuam se destacando. Nesse sentido, em janeiro de 2023, a República Dominicana atingiu 111% de seus níveis de 2019 e o México 116%. Brasil, Chile e Argentina, por sua vez, apresentaram leve desaceleração em relação ao mês anterior, atingindo 76%, 79% e 70%, respectivamente.
DOMÉSTICO – O tráfego doméstico superou em 1% os níveis de 2019. Dessa forma, o México ultrapassou em 25% os níveis pré-pandemia. Já a Argentina, pela primeira vez, excedeu seus níveis de 2019 atingindo 101%. O Brasil chegou a 93% e o Chile a 88% de seus níveis de 2019. Segundo os dados de dezembro de 2022, o Peru apresentou uma recuperação interna de 94%.
CONECTIVIDADE – Em fevereiro, a região estava conectada internacionalmente com 73 pontos. Do total de assentos internacionais, 41% correspondem aos que se destinavam aos Estados Unidos. Os países mais conectados foram México-Estados Unidos com 1,7 milhão de assentos, Porto Rico-Estados Unidos com 472.271 e México-Canadá com 399.281.
