Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

American reduzirá tarifas nos EUA para concorrer com low-costs

A mudança de estratégia da American mostra quão intensificada está a competição por passageiros no espaço aéreo norte-americano

A mudança de estratégia da American mostra quão intensificada está a competição por passageiros no espaço aéreo norte-americano


A partir de 2016, os clientes do Grupo American Airlines terão que tomar uma decisão. Voar com preços mais baixos e mais restrições ou voar com preços maiores e menos restrições. Essa será a estratégia que o holding AA adotará já a partir do ano que vem, como forma de concorrer de igual para igual com as conhecidas low-costs nos Estados Unidos, tais como Spirit Airlines e Southwest Airlines.

De acordo com o presidente do grupo, Scott Kirby, a American irá “bater de frente” com as tarifas dos concorrentes em qualquer rota sem escalas, mesmo que isso obrigue a companhia aérea a praticar serviços diferenciados de acordo com cada passageiro. Por exemplo, existirão tarifas que não darão direito a escolha dos assentos no momento do pré-check-in e do check-in, e nem mesmo a degustação dos snacks oferecidos a bordo, algo que passageiros que utilizam serviços das grandes low-costs pelo mundo conhecem muito bem.

Ainda de acordo com Kirby, 87% das pessoas que voaram nas asas da AA em 2014, só viajaram uma vez ou menos por ano, número que representa mais da metade da receita do Grupo American Airlines. A mudança de estratégia da American mostra quão intensificada está a competição por passageiros no espaço aéreo norte-americano. De acordo Scott Kirby, para este número de pessoas “a viagem é claramente uma mercadoria”, que significa que voar em qualquer outra companhia aérea concorrente não seria problema se o bilhete fosse mais barato.

Com início em 2014, Southwest e Spirit Airlines dominaram uma certa parte do mercado de dois hubs da American nos Estados Unidos, tanto em Dallas, como em Chicago, por vezes excedendo a demanda e colocando as tarifas lá embaixo. O mesmo fenômeno acontece na Europa, onde as aéreas de baixo custo, como a própria irlandesa Ryanair, agora transportam a maioria dos passageiros. Para especialistas, a American deve restringir o número de bilhetes com baixos preços praticados a partir de 2016, dando a oportunidade para os viajantes adquirirem os bilhetes pelo preço normal, já com taxas e sem restrições.

Neste momento, devido a concorrência, a receita de passageiros, como porcentagem de capacidade, deve ter uma queda de 5% a 7% neste último trimestre do ano, seguindo os 6,8% de queda no terceiro trimestre. Por outro lado, a American anunciou ganhos de US$ 1,7 bilhão no trimestre, muito por conta dos baixos preços do combustível atualmente. O resultado até bateu a estimativa dos analistas.

Receba nossas newsletters