A IndiGo tem pelo menos sete A320neos parados há mais de 10 dias por problemas com os motores Pratt & Whitney PW1100G. Se você acompanha o M&E, deve lembrar do imenso alvoroço que o CEO da Qatar Airways, Akbar Al-Baker, fez nos últimos dois anos por conta deste mesmo motor, que já apresentava imbróglios antes mesmo de chegar ao mercado.
O primeiro A320neo que seria da Qatar ganhou as cores da própria IndiGo em 2016
O pior de tudo é: a substituição deste equipamento leva bastante tempo, já que a fabricante P&W, que sempre soube do problema, está priorizando no momento as aeronaves que estão na linha de montagem final da francesa Airbus. “A P&W está enfrentando este problema com o A320 em todo o mundo. Por conta disso, não estamos aptos a fornecer motores reservas no tempo desejado”, disse uma fonte não identificada da própria fabricante ao jornal indiano The Times of India.
A IndiGo, por sua vez, já divulgou quais aeronaves estão em solo: o VT-ITG, por exemplo, está parado desde o dia 16 de maio. Completam a lista: VT-ITF e VT-ITN (desde 21 de junho); VT-ITJ (desde 26 de junho; VT-ITM (desde o dia 27 de junho); VT-ITK (desde o dia 30 de junho); e VT-ITS (desde o dia 08 de julho).
Os problemas nos motores PW1100G by Pratt & Whitney, revelados em dezembro de 2015, ainda não foram totalmente resolvidos, o que fez o executivo da Qatar Airways, Akbar Al-Baker, perder totalmente a paciência e se afastar ainda mais do modelo, lá em setembro de 2016. O CEO até cancelou a encomenda de certas unidades do A320neo que, segundo fontes do setor, ainda tem o motor sofrendo com algumas restrições.
O problema do PW1100G está diretamente ligado ao hardware e ao software, que após o acionamento necessita manter a marcha lenta por três minutos. O problema impede que a aeronave inicie os procedimentos de taxi, algo considerado extremamente sério em aeroportos movimentados, podendo comprometer a utilização de slots.