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Aviação / Vai e Vem

Após prejuízo bilionário no trimestre, IAG anuncia troca de CEO

Margas-IAG

Grupo registrou prejuízo bilionário.

O International Airlines Group (IAG), holding da British Airways, Iberia, Vueling, Aer Lingus e Level, registrou um prejuízo líquido de 1,68 bilhão de euros no primeiro trimestre de 2020. O número reflete o impacto da pandemia de coronavírus, que ocasionou queda na demanda e restrições de viagem. No mesmo período de 2019, o grupo registrou um lucro de 70 milhões de euros.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) no balanço financeiro do grupo. No documento a IAG afirma que não espera recuperar este prejuízo até pelo menos 2023. Além dos resultados, o grupo também anunciou a saída de Willie Walsh do cargo de CEO. O executivo acabou adiando sua aposentadoria para continuar à frente do grupo durante a crise provocada pela pandemia.

Conforme relatado pelo grupo à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV) de Madri e à Bolsa de Londres, o grupo obteve 4,58 bilhões de euros em receita, 14,5% a menos que no primeiro trimestre de 2019. Enquanto os ganhos em janeiro e fevereiro foram semelhantes ao de 2019, o mês de março foi severamente afetado pela pandemia.

Devido a prorrogação de restrições de viagens na União Europeia pelo menos até junho, a expectativa é de que os resultados financeiros e operacionais sejam ainda mais afetados no balanço no segundo trimestre. Isso fez a companhia não atualizar sua projeção de lucros (ou prejuízos) para 2020.

Caixa, demanda e reestruturação

A oferta das companhias do grupo caiu 94% desde o final de março, com a maior parte de sua frota em terra. Como outras operadoras, as companhias aéreas do grupo limitam-se a operar voos de repatriamento e transporte de mercadorias e EPIs.

Conforme explicado pelo IAG, antes da crise a empresa possuía um sólido balanço patrimonial, caixa e linhas de crédito não utilizadas que, em 31 de março, totalizavam 9,5 bilhões de euros, valor que, em apenas um mês, até 30 de abril, aumentou para os 10 bilhões de euros.

Entre as medidas adotadas para aumentar a liquidez, o grupo aéreo indicou que recorreu a auxílios do Fundo de Financiamento Empresarial de Coronavírus (CCFF) no Reino Unido e do Instituto Oficial de Crédito (OIC) da Espanha, além de estender a linha de Crédito rotativo da British Airways.

Para os meses de abril e maio, o nível de custos operacionais de caixa foi reduzido de um montante de 440 milhões de euros por semana, em condições operacionais normais, para 200 milhões de euros.

O IAG está planejando um retorno “considerável” das operações para julho, com uma redução total da capacidade de cerca de 50% em 2020, embora os planos estejam sujeitos “ao levantamento de medidas de confinamento e restrições de viagens”. O grupo destacou que não espera que o nível de demanda de passageiros registrado em 2019 se recupere antes de 2023, o que torna essencial “novas medidas de reestruturação para o grupo, incluindo uma redução de empregos e frota”.

Troca de CEO

Willie Walsh deixa o cargo em setembro.

Willie Walsh deixa o cargo em setembro.

O IAG comunicou também a troca no comando do grupo. Luis Gallego sucederá Willie Walsh como CEO a partir de 24 de setembro, quando será realizada a reunião anual do conselho do Grupo.

“Anunciamos em março que Willie atrasaria sua aposentadoria por um curto período. Podemos confirmar hoje que Luis Gallego assumirá a liderança em 24 de setembro, a data prevista para a Assembleia Geral Anual do IAG, quando Willie deixará o cargo de CEO. Somos gratos por Willie ter adiado sua aposentadoria neste momento desafiador, fornecendo à gerência das companhias aéreas a estabilidade necessária para se concentrar na resposta imediata à crise. Estamos ansiosos para trabalhar em estreita colaboração com Luis em seu novo cargo”, destacou Antonio Vazquez, presidente do conselho do grupo IAG.

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