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Aviação / Política

Asas para Todos: governo federal lança programa para tornar aviação mais inclusiva

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O objetivo é fomentar a diversidade, a inclusão, a capacitação e a maior participação das mulheres no setor aéreo (João Batista/Ascom Anac)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) lançaram um programa para aperfeiçoar a aviação civil brasileira: o Asas para Todos. O objetivo é fomentar a diversidade, a inclusão, a capacitação e a maior participação das mulheres no setor aéreo.

Promovendo a união de diferentes órgãos do Governo, de empresas do setor aéreo, universidades e sociedade civil, o programa propõe um grande pacto pela diversidade e a inclusão social na aviação civil do país. Inicialmente serão investidos R$ 16 milhões no programa. “Queremos que a Anac seja o motor de mudança, trazendo diversidade e inclusão ao setor aéreo. E para isso é muito importante o apoio dos ministérios”, afirmou o diretor-presidente substituto da Anac, Tiago Pereira.

Sob o prisma governamental, cinco ministérios se uniram à Anac e firmaram o compromisso de atuar na realização de estudos, ações e trocas de experiências para oferecer oportunidades para quem já está e para quem pretende ingressar na aviação civil. Assim, Anac, MPor e os Ministérios do Turismo, das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Cidadania vão atuar juntos para que mais mulheres, pessoas LGBTQIA+, negras e de baixa renda possam ingressar no mercado da aviação.

Presente ao lançamento, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a importância da transversalidade do programa e fez um apelo às concessionárias de aeroportos para que participem ativamente do Asas para Todos. “Precisamos garantir respeito e dignidade a todos e levar cidadania aos aeroportos brasileiros”, disse ele.

Também participaram do evento a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, o ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e as secretárias-executivas dos ministérios do Turismo, Ana Carla Lopes, e das Mulheres, Maria Helena Guarezi.

No pacto com o setor aéreo, a ideia é reunir grandes empresas – públicas e privadas – e associações para cooperarem com a Anac e MPor no mesmo propósito: tornar a aviação mais diversa e inclusiva.

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Jurema Monteiro, presidente da Abear, assina o Termo de Adesão do programa Asas Para Todos (João Batista/Anac)

Já se comprometeram com a iniciativa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Aeroportos do Brasil (ABR), Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a GE Aerospace, a Embraer, a Infraero Aeroportos, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), a International Aviation Womens Association (IAWA), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Airbus.

“Nós apoiamos o lançamento do Asas Para Todos e aproveitamos este momento para parabenizar a Anac e os ministérios envolvidos neste importante projeto. É uma iniciativa que vai ao encontro das ideias de inclusão e diversidade já abraçadas pela Abear e associadas. Queremos, cada vez mais, uma aviação mais diversa. Esse programa irá contribuir para este objetivo”, disse a presidente da Abear, Jurema Monteiro.

Representando no evento o ministro do Turismo, Celso Sabino, a secretária Executiva do MTur, Ana Carla Lopes, destacou a relevância do novo programa. “O Asas para Todos é mais uma importante política pública voltada à inclusão social, à diversidade e à capacitação para garantir maior equidade no setor aéreo, no turismo e na sociedade brasileira. Precisamos estar preparados para atender os mais variados passageiros, com um corpo técnico diverso e qualificado”, pontuou.

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José Ricardo Botelho, CEO da Alta, uma das signatárias do programa (Divulgação/Alta)

Para o CEO da Alta, José Ricardo Botelho, a medida representa um avanço significativo. O Brasil tem a oportunidade de liderar um dos maiores programas de inclusão social do mundo, desde que os alertas da indústria sejam levados em consideração. Os custos associados à judicialização e ao preço do Querosene de Aviação (QAV) são fatores que dificultam o acesso da classe C ao sistema, representando uma barreira para mais de 100 milhões de pessoas. Garantir que essas pessoas tenham acesso à aviação, que cheguem aos seus destinos, se conectem ao país e desfrutem das belezas brasileiras é, de fato, promover a inclusão social”, diz.

Eixos do programa

Com 15 projetos em andamento associados a três subprogramas (formação e capacitação, inclusão e diversidade, e mulheres na aviação), o Asas para Todos foi idealizado para ampliar a participação de todas as camadas da população no setor da aviação civil, por meio de ações educativas e de combate a práticas discriminatórias. Essas ações têm como público-alvo pessoas de baixa renda, pessoas com deficiência, mulheres, pessoas negras, profissionais de aviação e passageiros.

Com 15 projetos em andamento associados a três subprogramas (formação e capacitação, inclusão e diversidade, e mulheres na aviação), o Asas para Todos foi idealizado para ampliar a participação de todas as camadas da população no setor da aviação civil

O subprograma Mulheres na Aviação traz iniciativas que buscam inspirar meninas e mulheres a fazerem parte da aviação civil. Hoje, no Brasil, apenas 3,2% dos pilotos, 2,4% dos mecânicos de manutenção e pouco mais de 10% dos engenheiros do setor são mulheres.

Com as ações de formação e capacitação, busca-se incentivar a inclusão de mulheres, pessoas negras e de baixa renda nas carreiras em que há pouca representação desses grupos. O objetivo é fortalecer o ensino aeronáutico para a formação de mão de obra qualificada e, assim, abrir as portas do mercado de trabalho àqueles para quem a aviação ainda é uma realidade distante.

Já as iniciativas do subprograma diversidade e inclusão buscam, além de incluir populações sub-representadas, melhorar o atendimento aos passageiros, combatendo e prevenindo práticas discriminatórias, por meio de treinamento e capacitação de profissionais.

A ideia é promover campanhas educativas e de conscientização nas empresas aéreas e aeroportos e, assim, desenvolver um ambiente mais acolhedor, seguro, respeitoso e inclusivo aos usuários de serviços aéreos. Portas Abertas

Os primeiros passos já foram dados. A Anac abriu as portas de suas unidades para promover o desenvolvimento do ensino profissional aeronáutico. A Agência autorizou empresas do setor de aviação civil a usarem suas instalações para a realização de treinamentos e cursos de capacitação. Além disso, a Biblioteca da Anac, localizada no Centro de Treinamento próximo ao Aeroporto de Brasília, já pode ser utilizada pelo público em geral.

E para fomentar o ensino profissional, a Anac vai aderir à bolsa-formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Ministério da Educação. Com essa adesão, serão garantidas vagas em cursos de educação profissional técnica de nível médio, formação de professores e em cursos de qualificação profissional.

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