Na última segunda-feira (6), as ações da Azul subiam 14,67%, liderando o Ibovespa, que apresentava alta de 1%. Fora do índice, os papéis da Gol registravam avanço de 13,05%. O desempenho positivo reflete o otimismo do mercado após o anúncio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) sobre a reestruturação de dívidas fiscais das companhias aéreas, realizada na sexta-feira (3), totalizando uma redução de aproximadamente R$ 5,8 bilhões. A medida permite o parcelamento dos valores remanescentes em até 120 meses, garantindo alívio financeiro às empresas.
Em comunicado, a Azul informou que o acordo reduz seus débitos fiscais de R$ 2,9 bilhões para R$ 1,1 bilhão, por meio da conversão de depósitos judiciais, utilização de prejuízos fiscais e reduções de juros, multas e encargos. “Essa reestruturação fortalece nossa posição financeira, permitindo foco em crescimento sustentável”, destacou a empresa. O saldo restante será pago em até 60 meses para débitos previdenciários e em 120 meses para os demais.
A Gol, que enfrenta recuperação judicial nos Estados Unidos, teve sua dívida reduzida de R$ 5 bilhões para R$ 880 milhões, segundo a PGFN. A empresa enfatizou que o plano envolve a conversão de parte de seu endividamento financeiro em capital, sem impacto no endividamento líquido.
“Esse acordo é um marco importante para estabilizar nossas operações e manter o compromisso com nossos clientes”, afirmou a companhia.