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Aviação / Fotos

Azul lança projeto pioneiro de biocombustível para aviação

Na home: Paulo Diniz, da Amyris, Adalberto Febelian, da Azul e Jorge Ramos, da Embraer; Aqui autoridades na inauguração do voo

Na home: Paulo Diniz, da Amyris, Adalberto Febelian, da Azul e Jorge Ramos, da Embraer; Aqui autoridades na inauguração do voo


Com objetivo de reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a Amyris Inc., a Embraer e a General Eletric assinaram um acordo de cooperação e lançaram o projeto batizado de Azul+Verde. Este projeto tem como finalidade oferecer uma alternativa sustentável para combustíveis derivados do petróleo. Os executivos das empresas citadas promoveram na manhã desta terça-feira (19/06) uma coletiva de imprensa para o lançamento oficial do novo biocombustível a base de cana-de-açúcar.

Segundo Adalberto Febeliano, diretor de relações institucionais da Azul, este é um projeto inovador e pioneiro de bioquerosene para aviação. “Mesmo com aviões mais modernos e eficientes, ainda hoje usamos combustível fóssil. A Azul se preocupa com o desenvolvimento sustentável da aviação e, por isso, há três anos investe na criação de um bioquerosene compatível com o derivado de petróleo”, disse. A Azul será a primeira companhia no Brasil a voar com um combustível renovável a base de cana-de-açúcar.

O executivo não revelou a quantia que a empresa já investiu no projeto. Segundo Paulo Diniz, presidente da Amyris, até o momento a companhia – que desenvolve o novo produto – investiu cerca de US$ 500 milhões em pesquisas e desenvolvimento do novo bioquerosene. 
A coletiva antecedeu o primeiro voo experimental com o biocombustível em um jato E195 Embraer da Azul, que partira de Viracopos (São Paulo) com destino ao Rio de Janeiro. Na ocasião, foi possível fotografar o abastecimento da aeronave com o bioquerosene. Para Febeliano, o voo não é o final do projeto e sim o início de uma jornada. “Já estamos em discussão para a comercialização desse bioquerosene”, antecipou. “Esperamos que o governo tenha consciencia que este é um combustível sustentável e com isso, possa rever as condições em relação às taxas e impostos para o setor”, ponderou.

Questionado quanto a economia da companhia na utilização do novo combustível, Febeliano disse: “Este é um projeto de longo prazo e nosso principal objetivo é a redução de dióxido de carbono no ambiente. É claro que o custo desse novo bioquerosene não pode ser elevado, pois, senão, ninguém iria usá-lo. Acredito que quando produzido em grande escala comercial ele se iguale ao preço do petróleo utilizado hoje”, antecipou.

De acordo com Jorge Ramos, diretor de desenvolvimento tecnológico da Embraer, o novo querosene é muito parecido com o atual usado e por isso, não haverá necessidade de adaptação das aeronaves para o seu uso. “Nós, da indústria de aviação, somos responsáveis pela emissão de 2% de todo o dióxido na atmosfera (31,6 bilhões toneladas CO2) e com isso nos sentimos responsáveis por pensar em soluções para esse problema”, disse. “Sem dúvida que já evoluímos e o bioquerosene veio para contribuir. É um marco para o desenvolvimento de uma aviação sustentável”, concluiu.

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