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Aviação

Boeing prevê entrega de quase mil aeronaves a menos nos próximos anos

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Nova projeção aponta um corte de quase 2% em relação ao previsto no ano passado.

A Boeing divulgou nesta terça-feira (6) uma nova previsão para a demanda de aviões comerciais nos próximos 20 anos, que aponta para uma queda de 2% em relação a previsão do ano passado. Em números absolutos, a fabricante projeta a entrega de 43.110 aeronaves na indústria nas próximas duas décadas, 930 a menos em relação as 44.040 da projeção anterior.

A queda nas novas aeronaves reflete o impacto direto da pandemia de Covid-19, que praticamente paralisou a indústria em 2020. Embora as frotas ainda devam quase dobrar, é a primeira vez que a Boeing corta a previsão de demanda de 20 anos desde a crise financeira de 2009.

De acordo com a previsão da fabricante, a redução atingirá principalmente os próximos dez anos da demanda de aeronaves comerciais. A estimativa é de 18.350 entregas em 2020-2029, uma queda de 10,7% em relação a uma previsão não publicada de 20.550 embutida no último relatório. “A indústria foi claramente impactada de forma dramática pela pandemia”, disse o vice-presidente de Marketing Comercial da Boeing, Darren Hulst.

Esta revisão leva em consideração o crescimento do tráfego de passageiros. O incremento que era de 5% ao ano vem caindo desde 2015. No último relatório essa projeção de crescimento era de 4,6%. Neste aponta uma média de 4% ao ano. “A crise vai demorar mais, mas a indústria se mostrará resiliente novamente; os fundamentos não estão mudando”, disse Hulst.

A demanda será impulsionada em parte por um aumento no número de substituições à medida que as companhias aéreas aceleram a retirada de jatos mais antigos para economizar custos de operação e cumprir as metas ambientais, disse a Boeing. Milhares de aviões tiveram operações suspensas ao longo da pandemia, com destaque para modelos de corredor duplo de longo curso, devido às restrições generalizadas nas fronteiras que obstruem as viagens aéreas internacionais.

A Boeing cortou sua previsão de 20 anos para corredores duplos como o 787 Dreamliner e o Airbus A350 em 10,3%. Com 7.480 jatos, abaixo dos 8.340 de um ano atrás, essa parte da previsão de 20 anos agora está abaixo de 8.000 unidades pela primeira vez desde 2010. A demanda de aeronaves de dois corredores será especialmente lenta nos próximos dez anos, com entregas de apenas 3.060 aeronaves, disse a Boeing.

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