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Aviação

Brasil tem grande potencial para liderar produção de combustível sustentável de aviação

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O país foi destacado como uma nação chave na transição para uma economia circular de baixo carbono (Divulgação)

O Brasil tem grande potencial para liderar a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) em escala global graças à sua sólida história e expertise na produção de biocombustíveis. É o que conclui o Fórum “Abastecendo a Bioeconomia e o Futuro Sustentável da Indústria Aeroespacial”, promovido pela Boeing em parceria com a RSB (Roundtable on Sustainable Materials).

O país foi destacado como uma nação chave na transição para uma economia circular de baixo carbono, com foco no escalonamento do setor de combustíveis sustentáveis de aviação. O evento enfatizou a colaboração e o trabalho de especialistas no desenvolvimento de um futuro sustentável para a indústria aeroespacial. Líderes da indústria da aviação, especialistas em bioeconomia e representantes governamentais discutiram estratégias para atingir a meta net-zero 2050 adotada pela indústria.

“Em 90 anos de operação no Brasil, a Boeing testemunhou em primeira mão a capacidade que o país tem em reimaginar a aviação, desde quando entregamos ao governo brasileiro um avião de caça biplano com asas de madeira em 1932”, disse Landon Loomis,pPresidente da Boeing para a América Latina, Caribe e VP de Política Global da Boeing. “Reconhecido por sua atuação nos setores aeronáutico, de energia renovável e agricultura, o Brasil pode ajudar de forma decisiva o setor da aviação a acelerar o seu processo para atingir a descarbonização.”

Estudo realizado pela RSB com o apoio da Boeing, mostra que o Brasil pode produzir até 9 bilhões de litros de combustível de aviação sustentável, número que representa 125% do consumo atual de combustível fóssil do país por ano.

O Brasil tem diferentes matérias-primas que podem ser utilizadas para produzir SAF: cana-de-açúcar, milho, soja, eucalipto e resíduos agrícolas e industriais, como bagaço e palha de cana-de-açúcar. Além disso, novas tecnologias e biomassa emergem com grande potencial para alavancar a produção de SAF no Brasil e no mundo, como a palma de macaúba, o agave e a produção de SAF a partir do biogás.

Caminhos para superar os desafios para alcançar a descarbonização do setor

“Por meio de inovações, políticas públicas e protocolos de sustentabilidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva da SAF pode e deve contribuir além da redução das emissões de gases de efeito estufa, trazendo impactos positivos na geração de empregos, desenvolvimento social e econômico e uso correto dos recursos naturais”, acrescentou Carolina Grassi, Gerente de Inovação e Políticas Públicas da RSB.

“Para zerar emissões, é necessária uma estratégia ampla, que inclui a substituição de frotas antigas por aeronaves mais novas e mais eficientes, maior eficiência operacional com análises de dados digitais e desenvolvimento de aeronaves que usem novas tecnologias de propulsão, incluindo hidrogênio e eletricidade. E, finalmente, o elemento mais decisivo e imediato para remover o carbono da atmosfera: os combustíveis sustentáveis de aviação, ou SAF,” completou Landon Loomis.

A Boeing assumiu recentemente o compromisso de fornecer aeronaves comerciais capazes de voar com combustíveis 100% sustentáveis até 2030 e apoiou o compromisso da indústria com emissões líquidas de carbono zero das operações globais da aviação civil até 2050. A produção global de querosene para a aviação atualmente é de 390 bilhões de litros e apenas 14 bilhões são SAF.

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