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Aviação

CEO da Air France-KLM investirá metade do salário em ações da companhia

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Benjamin Smith, CEO da Air France-KLM (Divulgação/Air France-KLM)

“Um canadense nascido no Reino Unido, de pai australiano e mãe honconguesa, e um apaixonado pela vida”. Foi assim que Benjamin Smith se apresentou oficialmente como novo CEO da Air France-KLM, nessa segunda-feira (17), a todos os seus colaboradores num vídeo de aproximadamente oito minutos. A medida mais surpreendente, no entanto, foi revelada no fim da apresentação.

Benjamin Smith anunciou sua intenção de comprar cerca de 450 mil euros em ações da Air France-KLM durante o período de seu contrato, investindo portanto metade de sua remuneração fixa. “É uma maneira de depositar toda minha confiança em nosso sucesso futuro”, disse Benjamin Smith, que também não esqueceu de falar um pouco  de sua história profissional. “Eu comecei num aeroporto, como agente de escala. Trabalhei por todas as partes do transporte aéreo da Air Canada até ter chegado às minhas funções de presidente e CEO”.

A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA QUE ELIMINOU AÉREAS

Benjamin Smith afirma que segue a evolução da indústria da aviação comercial de perto, algo considerado crucial para a perpetuação de qualquer transportadora. “E acompanho os desafios das companhias de se transformarem dada as realidades e mudanças do mercado. Muitas conseguem e se adaptam, mas outras, infelizmente, desaparecem. É o caso da Pan Am, Sabena e Olympic. E a Açitalia não está longe de terminar assim. Estas companhias desapareceram porque não conseguiram reagir à evolução do mercado e à concorrência tão dura”.

CONCORRER COM LOW-COSTS E AS COMPANHIAS DO GOLFO

Não é de hoje que os investimentos bilionários feitos por companhias do Golfo elevaram o padrão de voar. É o caso da Emirates, Qatar e Etihad, por exemplo, que contam com serviços e produtos exclusivos no mercado. No entanto, se depender do CEO Benjamin Smith, um novo plano estará em curso para tentar mudar esta história. Durante sua apresentação, falou das dificuldades que já passou justamente por conta destas companhias.

“Nós temos novos concorrentes, as low-costs, é claro, mas também temos as companhias do Golfo, que existem unicamente por conta de um quadro político estatal que desenvolve a economia do país. Elas mudaram totalmente a forma que devemos atuar no nosso mercado”, disse Smith, que já passou por esta situação quando estava na Air Canada, em 2007, quando a concorrente Emirates consegiu eliminar três voos semanais a partir de Toronto.

Fonte: Le Point

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