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Aviação / Destinos

CEO da Gol teme por alíquota cheia na Reforma Tributária e detalha operações no Galeão

Celso Junior presidente da Gol CEO da Gol teme por alíquota cheia na Reforma Tributária e detalha operações no Galeão

Celso Ferrer, CEO da Gol (Eric Ribeiro/M&E)

O presidente da Gol, Celso Ferrer, conversou com o M&E por quase uma hora durante a Abav Expo 2023, sobre vários assuntos, também com a presença da vice-presidente Comercial e de Marketing da Gol e CEO da Smiles, Carla Fonseca, e dos presidente e vice-presidente do M&E, Roy Taylor e Rosa Masgrau. E essa é a última parte da nossa entrevista. Além do modelo de negócios da companhia e sua expansão internacional, também abordamos a questão da Reforma Tributária e restrição no Santos Dumont.

Sobre a Reforma Tributária, caso alguns segmentos do Turismo passem a pagar a alíquota cheia, certamente o mercado irá encolher. “Não se tem clareza como esse imposto vai ser cobrado, mas se for igual aos outros países, ou seja, uma tarifa + 25% de imposto, imediatamente iríamos ter uma queda de demanda, indo na direção totalmente oposta de tudo que estamos tentando fazer. A ideia é criar condições e dar crédito, o que é o contrário da questão da Reforma Tributária”, disse Ferrer.

“Não se tem clareza como esse imposto vai ser cobrado, mas se for igual aos outros países, ou seja, uma tarifa + 25% de imposto, imediatamente iríamos ter uma queda de demanda

O CEO da Gol afirmar acreditar no setor que tem o maior efeito multiplicador de geração de emprego e renda. “Investir numa alíquota melhor, o setor cresce muito mais rápido, o que cria, em termos de arrecadação, uma resposta positiva pro governo. Alíquota reduzida é propiciar crescimento e gerar muito emprego e renda.Isso melhora o PIB e a arrecadação. Em todo lugar do mundo, a aviação é tratada como setor estratégico, normalmente sobre este aspecto, o que faz a alíquota ser 0% ou até 10%”, frisa.

“A gente vai acompanhar o que for melhor para o Rio de Janeiro”

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Agora em outubro, a malha aérea da Gol no Rio de Janeiro passará por mudanças, com alguns voos já sendo transferidos para o Galeão, principalmente aqueles conectados com o Sul do Brasil, como Porto Alegre e Curitiba (Eric Ribeiro/M&E)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em agosto, a portaria que restringe as operações no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A partir de janeiro de 2024, o Santos Dumont só podera receber voos com até 400km de distância, sem conexão com aeroportos internacionais. Em outras palavras, apenas com Vitória e Congonhas, sob resolução do Conac. Ha negociações para que Brasília também possa se conectar com o SDU, mas nada ainda está definido.

“A Gol é muito forte no Rio de Janeiro. É a marca favorita dos cariocas, tem uma identidade forte, boa parte da tripulação está baseada no estado, então a gente vai acompanhar o que for melhor para o destino”

Mas e a Gol, o que pensa disso tudo? “Há uma discussão para incluir Brasília e, se isso acontecer, certaremos iremos voar. A Gol é muito forte no Rio de Janeiro. É a marca favorita dos cariocas, tem uma identidade forte, boa parte da tripulação está baseada no estado, então a gente vai acompanhar o que for melhor para o destino. Não nego. Gostamos de operar no Santos Dumont, mas o Galeão foi um dos nossos principais hubs até a pandemia”, frisou o CEO da Gol.

Ele lembra que houve um aumento de capacidade durante a pandemia no Santos Dumont, enquanto o Galeão não tinha se recuperado, o que criou uma concentração desproporcional. “As medidas ainda não estão totalmente definidas, mas são consequências do desequlíbrio criado. A cidade não tinha recuperado todo o seu potencial e agora a gente vai se adaptar o que for decidido. Prefeitura e Governo Federal devem se reunir para discutir uma relação definitiva. E a nossa preocupação tem sido em realizar os movimentos sem impactar a vida dos clientes”.

“As medidas ainda não estão totalmente definidas, mas são consequências do desequlíbrio criado. A cidade não tinha recuperado todo o seu potencial e agora a gente vai se adaptar o que for decidido”

Agora em outubro, a malha aérea da Gol no Rio de Janeiro passará por mudanças, com alguns voos já sendo transferidos para o Galeão, principalmente aqueles conectados com o Sul do Brasil, como Porto Alegre e Curitiba. “E até 4 de janeiro de 2024, vamos transferir todos os outros. Estamos trabalhando com a Anac e queremos criar uma transição paulatina, do final de outubro até o início de janeiro. Gostaria muito que conseguíssemos, ao longo de novembro, ir fazendo a transição, sem impactar os clientes. Quanto maior a antecedência, melhor para fazer com que a experiência do cliente seja a melhor possível”, finalizou.

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