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Aviação

“Céus Abertos é injusto com o Brasil”, diz presidente da Azul

 

John Rodgerson, presidente da Azul

John Rodgerson, presidente da Azul

Para o presidente da Azul Linhas Aéreas, a política de Céus Abertos é injusta com as empresas brasileiras. Segundo John Rodgerson, o acordo só é interessante se as regras possibilitarem a mesma participação em ambos os lados. “A legislação americana para os pilotos é muito mais flexível que a brasileira, por exemplo. Eles podem voar mais horas que os nossos pilotos. E isso é ruim para o Brasil. Pois os pilotos perdem mercado”, explica.

Abhi Shah, vice-presidente de Receitas da Azul, complementa: “Além disso, com o céus abertos, não será mais possível fechar acordos de compartilhamento de rotas com as companhias – onde são divididos gastos e despesas. Nesse caso, ganha mais espaço quem consegue operar com menos custos. E os nossos custos são mais altos”, completa.

Para o presidente, existem fatores mais emergenciais que devem ser trabalhados pelo governo, a exemplo dos vistos. “Não estou falando para tirar o visto, mas é essencial facilitar o processo. Cobrar o visto no aeroporto, mesmo que seja uma taxa mais cara, é uma ótima solução. Como falar que a pessoa tem que ficar 30 dias sem o passaporte apenas para emissão do visto para o Brasil? É por isso que o Nordeste é dominado pelos europeus, pois não tem exigência de visto”, enfatizou Rodgerson que concluiu: “Nós precisamos de dólares entrando, principalmente nesse momento”.

Leis trabalhistas serão favoráveis para a aviação
O presidente da companhia ainda se posicionou favorável às novas leis trabalhistas. Segundo o executivo, as novas regras vão beneficiar não apenas as empresas como também os funcionários. “As pessoas vão poder dividir as férias em três. Trabalhar mais horas em um dia e folgar mais vezes. Para quem trabalha em aeroporto isso é muito positivo. Muitos gastam horas para ir e voltar. Para a aviação, em contrapartida, é muito positivo. Pois muitas vezes a aeronave fica em solo apenas 30 minutos, mas precisa contratar uma pessoa por seis horas. Essa pessoa trabalha por um curto período de tempo e fica ociosa no resto. E isso encarece o custo das operações e, consequentemente, os bilhetes”, esclarece.

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