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● CEO da Gol afirma que não há previsão de redução de operações
● O grande objetivo, segundo Ferrer, é desalavancar financeiramente a companhia
● Também não há previsão de redução de aeronaves, rotas ou bases ativas
● Os clientes da Gol poderão continuar organizando suas viagens normalmente
● Com apoio dos próprios lessores, negociações já estão avançando
Celso Ferrer, CEO da Gol, reiterou que as operações seguem normais (Eric Ribeiro/M&E)
A Gol entrou com um pedido de recuperação judicial, nesta quinta-feira (25), no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York (Tribunal dos EUA). O famoso Chapter 11 é um processo legal utilizado pelas empresas para levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais no longo prazo, enquanto continuam a operar normalmente. E para comentar sobre este delicado momento para companhia, o CEO Celso Ferrer acaba de dar uma coletiva de imprensa.
Celso reiterou que as operações seguem em sua normalidade. “Não há previsão de diminuição de operações da Gol. O processo de Chapter 11 serve justamente para proteger a companhia de qualquer ação que possa ser tomada pelos arrendadores de aeronaves. O processo dá o tempo e condições que precisamos para que a negociação seja feita, além de garantir uma frota otimizada. Não há previsão de redução de aeronaves, rotas ou bases que operamos. Temos uma malha aérea estável”, disse Celso Ferrer.
“Não há previsão de redução de aeronaves, rotas ou bases que operamos. Temos uma malha aérea estável”
O grande objetivo, segundo Ferrer, é desalavancar financeiramente a companhia, que já conta com resultados operacionais muitos saudáveis. “Nossa decisão de entrar no Chapter 11 tem a ver com a crise econômica gerada pela pandemia e com o atraso nas entregas das aeronaves. O objetivo é justamente buscar um crescimento sustentável, baseado na renovação da frota, e a proteção serve justamente para não afetar a malha aérea. Tanto é que as vendas continuam normais, nosso programa de fidelidade também, assim como o nosso atendimento totalmente normalizado”, destacou o CEO.
“O objetivo é justamente buscar um crescimento sustentável, baseado na renovação da frota, e a proteção serve justamente para não afetar a malha aérea. Tanto é que as vendas continuam normais, nosso programa de fidelidade também, assim como o nosso atendimento totalmente normalizado”
O CEO deixou claríssismo que nada vai mudar com a entrada da Gol no Chapter 11. Tanto é que desmentiu parte da imprensa que anunciou uma possível dificuldade da Gol com relação à aquisição de combustível. “Já tínhamos iniciado as conversas com arrendadores dentro desse processo protegido pela corte norte-americana de maneira transparente. Agora vamos otimizar a frota da Gol para sustentar o crescimento daqui para frente”, frisou Celso.
O CEO afirmou que os lessores estão apoiando a companhia neste realinhamento do fluxo de caixa. “Estamos nos acolhendo muito. Tanto é que hoje recebemos o nosso 45º B737 MAX. A renovação de frota continua. O processo de Chapter 11 vai trazer o melhor resultado para a companhia”
A companhia chegou a uma dívida de cerca de R$ 20 bilhões, um montante que tornou a situação insustentável. Desta quantia, cerca de R$ 10 bilhões são de dívidas com arrendadores de aeronaves. Por conta disso, a entrada com o pedido de reorganização da estrutura de capital não é operacional, mas sim pelo fato de não haver “garantias suficientes” para arcar com a dívida que vencerá nos próximos 12 meses, envolvendo cerca de R$ 3 bilhões.
Celso Ferrer afirmou que a Gol tem 25 lessores (arrendadores de aeronaves) e que as negociações ao longo de 2023 estavam evoluindo em diferentes estágios. No entanto, o CEO diz que os lessores estão apoiando a companhia neste realinhamento do fluxo de caixa. “Estão nos acolhendo muito. Tanto é que hoje recebemos o nosso 45º B737 MAX. A renovação de frota continua. O processo de Chapter 11 vai trazer o melhor resultado para a companhia”, finalizou o CEO.
