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Aviação / Política

Companhias aéreas vão apresentar plano concreto para redução do valor das passagens

● Empresas aéreas se comprometeram a apresentar, em até 10 dias, um plano para conter aumento dos bilhetes
● Os valores cobrados atualmente estão relacionados à estrutura de custos das companhias
● O ministro, no entanto, criticou o que chamou de “aumentos abusivos” em alguns trechos.
● Aviação brasileira deve pular de 89 milhões de passageiros para quase 100 milhões em 2023

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Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos (Eduardo Oliveira/MPor)

O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reuniu com representantes das principais empresas do setor com objetivo de encontrar soluções para baratear o preço dos bilhetes. Durante o encontro, Costa Filho destacou que as tarifas praticadas atualmente pelas empresas dificultam a democratização do transporte aéreo. O ministro ressaltou ainda que a diminuição da tarifa de transporte aéreo ajudará o país a avançar no desenvolvimento do Turismo.

A pasta vem mantendo constante interlocução com as empresas aéreas, a fim de discutir medidas que possam ser implementadas para reduzir os preços das passagens aéreas no Brasil. “Esses aumentos exorbitantes no setor têm prejudicado o bolso do povo brasileiro e nós não vamos permitir que o trabalhador pague caro para viajar. Esse ano nós vamos ter um crescimento na aviação brasileira, saindo de 89 milhões de passageiros para quase 100 milhões”, destacou.

Silvio Costa Filho esclareceu que as empresas aéreas se comprometeram a apresentar, nas próximas semanas, um plano concreto de redução dos valores das passagens a curto prazo

Silvio Costa Filho esclareceu que as empresas aéreas se comprometeram a apresentar, em até 10 dias, um plano concreto ao governo federal para tentar conter o aumento no custo das passagens. “O que a gente está buscando é o diálogo com todos os agentes do setor, porque são das diferenças que se constrói as convergências”, apontou.

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A pasta vem mantendo constante interlocução com as empresas aéreas, a fim de discutir medidas que possam ser implementadas para reduzir os preços das passagens aéreas no Brasil (Eric Ribeiro/M&E)

O titular do MPor também reforçou que o ministério tem trabalhado junto ao Congresso Nacional para aprovar medidas que possam incentivar o fomento da aviação nacional. “Estamos buscando alternativas e fazendo um trabalho de convencimento com todos os agentes sobre a importância de termos tarifas mais baratas no país, como a aprovação do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) e o estímulo de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, disse.

Os valores cobrados pelas passagens estão diretamente relacionados à estrutura de custos das companhias. Entre as ações que podem gerar redução no preço das passagens estão a queda no preço do combustível de aviação (QAv), responsável por 40% do preço da passagem, a diminuição do excesso de judicialização das relações de consumo nesse setor, a redução (ou não elevação) da tributação incidente sobre a aviação civil e, por fim, o estímulo à concorrência e à entrada de novas empresas aéreas.

“O que a gente está fazendo é dialogando, buscando alternativas, tentando fazer um trabalho de convencimento com as companhias aéreas sobre a importância de baixar o preço das passagens. Em alguns casos, é verdade, a gente compra passagem a R$ 200, R$ 300, R$ 400, em alguns trechos. Mas, tem outros que saíram de R$ 1,5 mil para R$ 3,5 mil, R$ 4 mil, que são injustificáveis”

“O que a gente está fazendo é dialogando, buscando alternativas, tentando fazer um trabalho de convencimento com as companhias aéreas sobre a importância de baixar o preço das passagens. Em alguns casos, é verdade, a gente compra passagem a R$ 200, R$ 300, R$ 400, em alguns trechos. Mas, tem outros que saíram de R$ 1,5 mil para R$ 3,5 mil, R$ 4 mil, que são injustificáveis”, argumentou Costa Filho. Ele ainda lembrou que o preço do querosene da aviação baixou cerca de 14% este ano.

“Sabemos que o aumento das passagens é uma questão mundial. Na Europa, nos Estados Unidos, tivemos aumento nas passagens aéreas. O que nós não podemos aceitar e permitir são aumentos abusivos que têm prejudicado a população brasileira”

O ministro ainda criticou o que chamou de “aumentos abusivos” em alguns trechos. “Sabemos que o aumento das passagens é uma questão mundial. Na Europa, nos Estados Unidos, tivemos aumento nas passagens aéreas. O que nós não podemos aceitar e permitir são aumentos abusivos que têm prejudicado a população brasileira”, afirmou Costa Filho.

De acordo com a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as passagens aéreas, que já tinham ficado 13,47% mais caras em setembro, subiram 23,70% em outubro. Apesar da cobrança, o ministro ponderou que o setor aéreo foi um dos que mais sofreu durante a pandemia, por conta das medidas de isolamento social, e que o mercado brasileiro representa mais de 70% da judicialização do segmento em todo o mundo, com impactos anuais de R$ 1 bilhão para as empresas de aviação.

Abear está a disposição do governo federal

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Jurema Monteiro, presidente da Abear (Eric Ribeiro/M&E)

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou estar à disposição para debater com o governo federal formas de estimular a criação de políticas públicas que contribuam para que mais pessoas viajem de avião e novos destinos sejam atendidos.

“É importante destacar que as associadas Abear aderiram ao Programa Voa Brasil e estão em linha com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas com preços competitivos. A queda do preço do combustível de aviação (QAV), a diminuição da judicialização no setor, a redução de tributos e o estímulo à concorrência são essenciais para democratizar ainda mais o acesso ao transporte aéreo”, informou a Abear.

Com informações da Agência Brasil.

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