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Crescimento do Turismo deve chegar a 14% em 2023, diz CNC

Eric Ribeiro Aeroporto Santos Dumond 06 Crescimento do Turismo deve chegar a 14% em 2023, diz CNC

Com alta de 50,03% no acumulado de 12 meses até abril, o preço das passagens aéreas tem sido um dos itens de maior pressão no IPCA (Eric Ribeiro/M&E)

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita no crescimento do setor de serviços como um todo em 2023. No segmento do turismo, o crescimento deve superar os dois dígitos, mas a Confederação também reavaliou para baixo a expectativa de aumento, de 15,2% para 13,9%. O índice das atividades turísticas chegou sua terceira retração mensal consecutiva (-0,1% na comparação com março deste ano).

Com alta de 50,03% no acumulado de 12 meses até abril, o preço das passagens aéreas tem sido um dos itens de maior pressão no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atualmente. Apesar disso, a reação do turismo no Brasil tem se mostrado consistente, com alta de 17% nos últimos 12 meses encerrados em abril. “A frequência dos reajustes das passagens aéreas tem contribuído para desacelerar a retomada setor”, explica o economista da CNC, Fabio Bentes.

Há exatos três anos, o setor registrava perda de quase dois terços de suas receitas mensais na comparação com fevereiro de 2020. Em abril deste ano, mesmo diante das recentes quedas, o comparativo revelava variação positiva de 0,7% ante o período que antecedeu o início da pandemia.

“Os números demonstram a importância dos serviços para a sociedade brasileira, que, além de ser o maior gerador de empregos formais, é também aquele que impulsiona a economia como um todo e foi o primeiro a iniciar a retomada de crescimento no pós-pandemia”, enfatiza o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Distâncias mais curtas

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a quantidade de passageiros transportados pelas companhias aéreas ainda está 9% abaixo do período pré-pandemia nos voos domésticos e 19% aquém da quantidade de passageiros transportados em voos internacionais. “A recuperação do turismo tem se dado mais pela reativação do turismo doméstico do que pelo internacional”, afirma Fabio Bentes.

O economista aponta que a recuperação tem se baseado em uma mudança do perfil das viagens, com deslocamentos mais curtos. Nos voos domésticos, a distância média percorrida recuou 6% em relação a 2021. Nos internacionais, a redução foi de 17%.

Entre os 10 maiores aeroportos do Brasil, responsáveis por 76% dos voos, destacam-se aqueles com maior vocação regional, como Santos Dumont e Viracopos. Nesses aeroportos, as quantidades de passageiros transportados já superam os níveis pré-pandemia em 37% e 25%, respectivamente.

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