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Aviação

Distanciamento social em voos significaria fim das viagens baratas, diz CEO da Iata

Alexandre Juniac, diretor geral da Iata

Alexandre Juniac, CEO da Iata

A necessidade de maior distanciamento entre passageiros nas aeronaves pode significar o fim das viagens aéreas baratas. Esta é a análise do CEO da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Alexandre de Juniac, após ser questionado sobre o impacto de medidas nas margens das companhias aéreas no último briefing de imprensa, realizado nesta semana.

Ele destacou que o distanciamento neutralizaria grande parte dos assentos, o que tornaria necessário uma reavaliação nos preços dos bilhetes, considerando que uma companhia precisa de no mínimo 70% de ocupação para se tornar rentável em voos de curta e média duração.

“Isso significa duas coisas: ou você voa pelo mesmo preço, vende o bilhete pelo mesmo preço médio de antes e perde uma quantia enorme de dinheiro, o que é impossível para qualquer companhia aérea, ou você aumenta o preço da passagem em pelo menos 50% para um produto similar e consegue voar com um lucro mínimo”, destaca de Juniac.

A Iata estima que, em todo o mundo, houve uma perda de US$ 314 bilhões na receita de passageiros e uma queima de caixa de US$ 61 bilhões entre as companhias associadas a entidade. “As implicações disso não são teóricas. Hoje vimos a Virgin Australia entrar em recuperação judicial. Portanto, nosso apelo por medidas imediatas de alívio permanece. E isso é o que for possível: ajuda financeira direta; empréstimos, garantias de empréstimos e suporte ao mercado de títulos corporativos por governos ou bancos centrais; e isenção de impostos “, completou o CEO.

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