Em cúpula do WTTC, Conselho de Aeroportos destaca interdependência da aviação

Luis Felipe de Oliveira, diretor da ACI

O diretor-geral global do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI), Luis Felipe de Oliveira, em painel “Recuperando 100 Milhões de Empregos” da Cúpula Mundial do World Travel and Tourism Council (WTTC), em Cancún, na qual o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, também participou, falou sobre como a indústria pode trabalhar em conjunto para salvar e recuperar os milhões de empregos na aviação ameaçados pela pandemia.

Ele afirmou que o transporte aéreo continua sendo parte vital da economia e que, no período pré-Covid-19, gerava 88 milhões de empregos e contribuia com US$ 3,5 trilhões. “Para garantir que a aviação possa continuar a fornecer benefícios econômicos e sociais, é crucial que trabalhemos juntos em toda a indústria e de mãos dadas com a OACI e organizações internacionais de saúde para garantir uma recuperação coordenada e, ao mesmo tempo, fornecer garantias fundamentais para os viajantes e colaboradores”, disse De Oliveira.

Ainda segundo Felipe, “cerca de 60% dos empregos na aviação estão em aeroportos e as economias locais foram fortemente afetadas pela redução da atividade e perdas de empregos devido ao impacto e efeitos da pandemia. Os governos têm um papel fundamental a desempenhar para apoiar empregos e receitas nos aeroportos, pois a indústria da aviação é muito importante para o bem-estar social e econômico de milhões de pessoas em todo o planeta. Os governos devem fornecer apoio financeiro direcionado e direto que deve beneficiar todo o ecossistema da aviação – aeroportos, companhias aéreas e seus parceiros comerciais – para garantir que o efeito multiplicador seja sentido em todas as economias”.

Para o diretor, para trazer empregos de volta, é preciso uma recuperação sustentável do tráfego e das receitas. E de vacinas, que, juntamente com os testes e as medidas de saúde em vigor, são a melhor saída para esta pandemia. “Os ganhos continuam sendo feitos em todo o mundo nas campanhas de vacinação e os mercados domésticos nos Estados Unidos e na China
continuam mostrando sinais positivos, trazendo um otimismo renovado para um retorno mais abrangente das viagens aéreas neste ano”, concluiu.