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Aviação

Emirates completa 30 anos de história; veja a evolução da companhia

A310 foi a primeira aeronave comprada pela Emirates Airline

A310 foi a primeira aeronave comprada pela Emirates Airline


Com apenas duas aeronaves na frota, ambas em contrato de leasing, e US$ 10 milhões em caixa. Esta era a situação da Emirates Airline no dia 25 de outubro de 1985, uma sexta-feira que entraria para a história da companhia aérea como o primeiro dia oficial de operações. Hoje, uma das principais companhias aéreas no mundo, renomada e premiada por todos os continentes que passa, comemora seus 30 anos de grandes frotas, aterrissagens e decolagens.

Veja o vídeo da primeira operação realizada pela Emirates em 1985

Suas maiores amigas na região (Qatar Airways e Etihad Airways) só foram nascer em 1993 e 2003, respectivamente. Ao lado da Emirates Airline, ambas também são conhecidas no mundo da aviação pelo serviço, aeronaves e atendimento espetaculares. A veterana, por sua vez, sempre esteve baseada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Foi de lá que partiu o primeiro voo da companhia, até a cidade de Karachi, a mais populosa do Paquistão, em um voo que percorreu os 1186 quilômetros de distância entre os dois destinos, um pouco mais que o dobro da ponte aérea RJ-SP.

Atualmente, com uma frota que ultrapassa as 230 aeronaves, a Emirates voa para mais de 140 destinos distribuidos por 80 países diferentes, e detém mais da metade das encomendas da maior aeronave comercial em atuação no momento: o A380. 

1984
Mas antes disso acontecer, o Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum e o empresário Maurice Flanagan discutiam a possibilidade de lançar uma companhia aérea baseada em Dubai, isto em 1984. Um grupo de 10 membros colocou o plano de negócios na mesa e fez acontecer, com o Sheikh Mohammed já optando pelo nome Emirates naquele exato momento. Um ano mais tarde, Mohammed e Maurice por fim lançaram a companhia, que tinha US$ 10 milhões em caixa nos primeiros cinco meses de operação e duas aeronaves sob contrato de leasing com a Pakistan Airlines, sendo um B737-200 e um A300-200.

1985-1990
No dia 25 de outubro de 1985, o A300B4-200 da frota embicava na cabeceira da pista do Aeroporto Internacional de Dubai para ganhar os céus dos Emirados Árabes Unidos, no voo inaugural número EK600 com direção ao Aeroporto de Karachi, no Paquistão (foto abaixo). A partida estava marcada para as 11h45 horário local, com chegada prevista para as 17h (horário do Paquistão). No retorno, Mauricio Flanagan já comentava sobre um começo promissor para a companhia.

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De 1986 a 1990, a Emirates já tinha em seu mapa de operações cerca de 16 rotas, incluindo as cidades de Amman, Colombo, Cairo, Dhaka, London (Gatwick), Cingapura, Damascus, Instambul, Frankfurt, Male, Manila, Bangkok e Manchester, o que já mostrava o futuro potencial de uma companhia.

Do leasing às compras
Em 1990, era hora de deixar de lado as operações com aeronaves da Pakistan International Airlines e receber o primeiro Airbus A310-304 comprado diretamente da fabricante em Tolouse, na França (foto da matéria). Com prefixo A6-EKA, o primeiro A310-304 passou a operar boa parte das rotas na qual a Emirates era responsável, enquanto o Sheikh Ahmed assinava um novo contrato para a aquisição de mais três aeronaves do mesmo modelo, em evento que aconteceu em Singapura, conhecido na época como Asean Aerospace Exhibition.

1991-1995
Já em 1991, após sua frota de A300-600R pular para nove aeronaves, a Emirates Airline decidiu encomendar sete Boeing 777s com a opção de mais sete unidades, em um negócio que chegou a US$ 64,5 milhões na época. Naquela época, o conhecido triple seven já fazia história nas mãos das grandes companhias aéreas mundiais. O Aeroporto Internacional de Dubai, por sua vez, abriu as portas para um terminal exclusivo para a Emirates no valor de US$ 2 milhões, enquanto a companhia se tornava a primeira no mundo a adquirir um simulador completo de voo da Airbus por US$ 20 milhões.

Abaixo, um B727-200 da Emirates em 1991.

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Ao completar uma década de operação, em 1995, a Emirates já tinha 34 destinos diferentes para a operar, destaque para a introdução de voos para o Aeroporto de Heathrow, em Londres, Johannesburgo, Nairobi e Quênia. No mesmo ano, a empresa comemorava a abertura do seu Centro de Treinamento de Voo.

1996-2000
Com 11 anos de história, a Emirates começou a lidar com o luxo e conforto prezados pela companhia até hoje. Em 1996, a Emirates Airline recebia o seu primeiro Boeing 777-200 e se tornava a principal patrocinadora de um dos eventos de corrida de cavalos mais ricos na época – o Dubai World Cup. Um ano depois, a companhia foi logo investindo US$ 2 bilhões em 16 novos Airbus A330-200s e em 1998 adquir
iu 43% do share da Air Lanka. Enquanto muitos pensavam que o mundo acabaria em 2000, a Emirates já pensava em entrar no novo milênio com o “pé na porta”.

Tanto é que naquele ano se tornou a primeira companhia a assinar um acordo com a Airbus para receber o A380, com sete aeronaves encomendadas logo de cara, enquanto fechava o contrato com a Boeing para a aquisição de mais seis 777-300s.

Em um dos momentos mais ricos da Emirates desde sua inauguração em 1985, o ano de 2000 também serviu para o Sheikh Ahmed anunciar um investimento de US$ 500 mil em um novo terminal no Aeroporto de Dubai, que seria o Terminal 3 com capacidade para receber 20 milhões de passageiros por ano. Naquele mesmo ano, estava lançado o Skywards, programa de vantagens e milhagens da companhia árabe.

2001-2005
Não satisfeita com as operações comerciais de passageiros, em 2001 a Emirates lançava a Emirates SkyCargo Centre (foto abaixo), companhia com a capacidade de transporte de 400 toneladas de carga por ano. No mesmo ano, o time de futebol inglês Chelsea levava uma bolada de US$ 24 milhões para os cofres, após fechar acordo de quatro anos para ter estampado na camisa a marca “Emirates”.

A partir deste ano, também, tiveram início as encomendas em massa da Emirates. Logo de cara, um acordo de US$ 15 bilhões com a Airbus e Boeing foi assinado e 15 A380s, oito A340-600s, três A330s e 25 B777s foram encomendados.

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Em 2003, dois anos mais tarde, a Emirates volta a assinar um acordo bilionário para a aquisição de 71 aeronaves no Paris Air Show, com valores que chegaram a US$ 19 bilhões. Em 2004, foi a vez da Boeing assinar um acordo de US$ 2,96 bilhões com a Emirates para a aquisição de quatro 777-300ERs, com mais nove opções de compra. Foi neste mesmo ano que a Emirates inaugurou suas operações para a América do Norte, na época um voo de 14 horas entre Dubai e Nova York-JFK, enquanto fechava um acordo de US$ 150 milhões com o clube inglês Arsenal por 15 anos.

Em 2005, a Emirates por fim se tornou o maior grupo empregador de Dubai, com 25 pessoas empregadas por 124 países diferentes. Neste mesmo ano, um desembolso de US$ 9,7 bilhões foi feito para a aquisição de 42 novos Boeing 777s, o que se tornou a maior encomenda da história do modelo na época.

2006-2010
Neste intervalo de tempo, US$ 38,2 bilhões foram investidos em novas aeronaves, entre 10 B747-8F, 120 A350s, 11 A380s e 12 B777-300ERs. Em outubro de 2008, a Emirates enfim abre as portas do Terminal 3 dedicado às suas operações e dentro de um mês cerca de 500 mil passageiros passaram pelo terminal. Um ano mais tarde, o Grupo Emirates registrava um lucro de US$ 1,1 bilhão para o ano fiscal que teve fim em março de 2010. Além disso, no mesmo período, mais 32 aeronaves A380 tinham sido encomendadas junto à Airbus e 30 B777-200ER à Boeing.

2011-2015

De 2011 para cá, muita coisa também aconteceu. Logo de cara, a companhia bateu o recorde de encomenda única da Boeing ao adquirir 50 777-300ERs no valor de tabela de US$ 18 bilhões. Na época, a encomenda também incluia 20 aeronaves modelo 777-300ER como opção no valor de US$ 8 bilhões. Ainda em 2011, a companhia se tornava parceira do Real Madrid e do torneio de tênis US Open.

Dois anos depois, em 2013, o Concourse A era aberto no Aeroporto Internacional de Dubai, a primeira infraestrutura dedicada exclusivamente às operações do A380. No mesmo ano, a Emirates iniciava sua parceria com a Qantas, oferecendo 98 voos semanais entre Dubai e Austrália. Ainda no período, a Emirates se tornou a principal companhia responsável pelas operações do A380, operando o superjumbo para 35 destinos diferentes de sua malha aérea.

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