Escassez de mão de obra também preocupa Turismo nos EUA, diz WTTC

De acordo com dados do WTTC, um em cada 18 empregos de viagens e turismo permaneceu em aberto durante o primeiro semestre de 2022 (Divulgação/Delta)

Assim como já alertado em relação ao mercado europeu, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) não escondeu sua preocupação com relação à escassez de mão de obra na indústria de Turismo dos Estados Unidos. De acordo com o órgão, a previsão é de que 412 mil vagas de emprego permaneçam sem ocupação neste ano, o que destaca a crise de falta de profissionais que assola o setor desde o início de 2021.

De acordo com dados do WTTC, um em cada 18 empregos de viagens e turismo permaneceu em aberto durante o primeiro semestre de 2022 (cerca de 321 mil vagas não preenchidas no período de janeiro a junho). Em 2021, 480 mil vagas de emprego estavam de volta ao mercado, à medida que o setor se recuperava da pandemia. E apesar do crescimento do transporte, hospedagem e entretenimento, as empresas sofrem com a falta de mão de obra.

Os empregadores do setor de hospedagem, por exemplo, continuam lutando para encontrar candidatos adequados para quase uma em cada sete ofertas de emprego em hotéis e resorts.

“À medida que os EUA avançam a todo vapor em direção a uma recuperação sólida do Turismo, a falta de talentos qualificados e disponíveis continua sendo uma grande preocupação para o setor”, disse a presidente do WTTC, Julia Simpson. “Isso está diretamente ligado ao aumento repentino de visitantes internacionais após o fim dos testes de Covid-19 para a chegada de viajante”, completou ela.

FUTURO MAIS OTIMISTA – O WTTC está prevendo uma perspectiva mais positiva no final deste ano e em 2023, se os funcionários do governo e o setor público trabalharem juntos para aumentar a disponibilidade de trabalhadores qualificados e, ao mesmo tempo, adaptar as oportunidades de carreira do setor para atrair melhor os melhores talentos.

Algumas das principais medidas identificadas no relatório incluem facilitar a mobilidade da mão de obra através das fronteiras internacionais, permitir o trabalho flexível e remoto sempre que possível e garantir trabalho decente e benefícios competitivos aos funcionários e pacotes de remuneração.