“A escassez de pilotos aéreos nos Estados Unidos já resultou em um colapso no serviço aéreo no país”. Foi o que disse Faye Malarkey Black, presidente e CEO da Regional Airline Association (RAA), grupo representante de companhias aéreas regionais no país, em reunião com o Congresso americano em abril deste ano. Ele ressaltou que a indústria aérea dos EUA está prestes a ser atingida por um “tsunami de aposentadorias de pilotos”.
Isso aumentará a escassez dos profissionais no país, diminuindo a disponibilidade de voos para passageiros e consequentemente pressionando as tarifas. De acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho Americano – Bureau of Labor Statistics (BLS), ao longo da próxima década, os Estados Unidos precisarão de mais de 140 mil novos pilotos. A notícia chama atenção para os pilotos brasileiros e comissários de bordo que buscam oportunidades de emprego no país norte-americano.
O processo do visto é o mesmo para qualquer pessoa. A única diferença é que o piloto precisa passar por uma entrevista para dizer quantas horas de voo possui. “A contagem de horas de viagem é essencial. A partir daí serão verificados os cursos, certificados, quantas línguas detém, quais aeronaves pilotam etc. A partir desse processo, é montado o pleito imigratório baseado na categoria específica de piloto. O tempo de finalização dura de 12 a 24 meses”, disse Pedro Botelho, CEO da Yellow Visa.
“Com a falta de mão de obra, as companhias aéreas estão contratando pilotos e os staff members que atuam neste segmento, ou seja, comissários de bordo, engenheiros aeronáuticos, manutenção e outros. Todas as ocupações possuem um ótimo retorno financeiro além da chance de viver nos Estados Unidos”, finaliza o CEO da startup especializada em imigração para os EUA.