Fórum ALTA: Embraer projeta até 1,5 mil aeronaves em serviço em 2038

Reinaldo Krugner, diretor para América Latina e Caribe da Embraer (Eric Ribeiro/M&E)

BRASÍLIA – A fabricante brasileira Embraer, representada pelo vice-presidente da Embraer Commercial Aviation para América Latina e Caribe, Reinaldo Krugner, marcou presença neste primeiro dia de Fórum ALTA Airline Leaders 2019 com sua visão de mercado para a América Latina. Celebrando as conquistas do passado e já de olho nos desafios do futuro, a fabricante brasileira espera ter 1.480 aeronaves em serviço até 2038.

“Enquanto tínhamos, em 2018, uma frota de 740 aeronaves em serviço, daqui a 20 anos a expectativa é que este número dobre e chegue a 1.480 aeronaves. De acordo com nossa projeção, com a disponibilidade de aeronaves e uma demanda reprimida, haverá um crescimento natural do setor. É claro que ainda esbarramos nos mesmos problemas, como a necessidade do investimento na infraestrutura”, disse Reinaldo Krugner. “Felizmente na América Latina temos alguns clientes que têm nos escolhido. Hoje temos 210 Embraers voando sob as asas de 13 aéreas no mercado da América Latina. E isto ainda não é o suficiente”, completou o VP, que apresentou a projeção de entrega de 860 jatos, 290 turboélices e outras 1.640 unidades de 150 a 210 assentos até 2038.

“Hoje temos 210 Embraers voando sob as asas de 13 aéreas no mercado da América Latina. E isto ainda não é o suficiente”, afirma o VP da Embraer para América Latina e Caribe.

De acordo com o executivo, o atual momento é desafiador. Isto porque a medida que o tempo passa, os problemas se multiplicam e as soluções não conseguem acompanhar a demanda do crescimento. “A Embraer está presente em todos os continentes e na América Latina temos a honra hoje de ver operadores voando nossas aeronaves. Se olharmos a demanda do crescimento, especificamente em 2018, sem dúvida o Brasil é o maior mercado da região, com 94 milhões de passageiros. No entanto, o investimento em infraestrutura e a regulação de mercados ainda são necessários para facilitar a operação, bem como a redução do alto preço do combustível”, destacou Reinaldo.

Reinaldo Krugner abordou o futuro e o passado do setor (Eric Ribeiro/M&E)

Ainda de acordo com o vice-presidente, ao olharmos para a América Latina & Caribe, o numero de mercados operados no Brasil diminuiu de 380 para 335 entre os anos de 2013 e 2018, muito por conta da saída da Avianca Brasil. Na Argentina, México e Colômbia, no entanto, houve um crescimento significativo.

“E ainda existe muito espaço para crescer. E as empresas que têm diversificação da frota, como a Azul, acabaram sofrendo menos com a crise pelo seus próprios modelso de negocios, flexibilidade e capacidade adequada. Se falarmos de aviões de até 150 assentos, temos uma demanda de mais de 1,2 mil mercados. É a maior oportunidade de crescimento dentro do mercado de aeronaves comerciais”, finalizou o executivo.

O M&E é media partner do Fórum ALTA Airline Leaders 2019 e viaja com apoio da Shift Mobilidade Corporativa e do Nobile Monumental Brasília