Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação / Turismo em Dados

Gol amortiza R$ 490 milhões de dívida e eleva liquidez para R$ 6 bilhões no 1T20

A receita líquida da empresa cresceu 12% em seu sexto mês consecutivo de alta

Margem EBITDA está estimada em 44% a 46% no 1T20

A Gol divulgou nesta terça-feira (7) seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2020, ainda preliminares e não auditados. E o destaque deste balanço ficou por conta da companhia ter amortizado cerca de R$ 490 milhões de dívida no trimestre, enquanto a liquidez total chegou aos R$ 6 bilhões, composto por R$ 3 bilhões em caixa e aplicações, R$ 1,3 bilhão em recebíveis e outros R$ 1,7 bilhão em despesas antecipadas, reserva de manutenção e depósitos em garantia.

Já a receita unitária de passageiro (PRASK) esperada para este primeiro trimestre é 1% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, enquanto a margem EBITDA está estimada em 44% a 46%, um aumento em relação ao 1T19.

A alavancagem financeira da Gol, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA UDM, foi cerca de 2,8x no trimestre findo em março de 2020, enquanto os custos unitários ex-combustíveis (CASK ex-comb.) deverão reduzir aproximadamente 23%, em comparação com 1T19, principalmente devido à melhor produtividade (utilização de aeronaves e eficiência operacional), parcialmente compensados pelo aumento de depreciação devido à adição de nove aeronaves (líquida) na frota, informa a Gol.

Leia também:
Gol tem oferta 22% menor em março; demanda cai 29,7%
Coronavírus: Gol detalha cortes de custos para enfrentar crise

Já os custos unitários com combustíveis (CASK) deverão aumentar aproximadamente 3% na comparação trimestral, impactados negativamente pelo aumento do preço médio do QAV em aproximadamente 3%, parcialmente compensado por uma redução de 10% no consumo de combustível por hora operada principalmente devido a maior utilização das 737-700s em março de 2020.

Medidas para enfrentar o coronavírus

A pandemia de Covid-19 começou a afetar as operações da Gol em meados de março de 2020. Devido à paralisação relacionada à pandemia no Brasil e à preparação para reduções na demanda e nas receitas, a Gol tomou medidas de preservação de caixa pelos próximos 90 dias por meio de reduções de custo, novas condições de pagamento e postergações.

Devido a redução na oferta de voos, durante a segunda quinzena de março, a companhia retirou 120 aeronaves da operação. A Gol espera manter a maior parte de sua frota em terra durante abril e maio. Desde o dia 28 de março, a companhia opera apenas 50 voos por dia. Portanto, espera registrar ineficácia nas proteções de preço (“hedge”) de combustível, o que deve representar uma despesa financeira extraordinária da ordem de R$ 80 milhões no 1T20 e de R$ 200 milhões no 2T20.

Em função da contínua incerteza sobre o impacto e a duração da pandemia, a Gol suspendeu suas projeções financeiras para 2020 e 2021 até que o ambiente operacional volte ao normal. Enquanto isso, continuará focada em buscar economia de custos, proteger empregos, trabalhar com o governo do Brasil, e preparar-se para o retorno ao serviço normal no devido tempo.

Receba nossas newsletters