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Aviação

Coronavírus: Gol detalha cortes de custos para enfrentar crise

Paulo Kakinoff, presidente da Gol

Paulo Kakinoff, presidente da Gol

A Gol Linhas Aéreas anunciou, na manhã desta terça-feira (7), uma atualização aos seus investidores sobre as atitudes que está tomando para minimizar os impactos da crise causada pela pandemia do Covid-19. A companhia diminuiu a sua malha de 750 para 50 voos diários, além de ter reduzido em 50% sua folha de pagamento por meio de ações como banco de horas, licenças e férias não remuneradas, suspensão de pagamento de participação nos lucros, diferimento de impostos e cortes salariais de 35% para todos os funcionários e 40% para os seus 30 principais executivos.

A companhia também conseguiu uma carência de seis meses e o diferimento dos pagamentos de leasing de aeronaves. De acordo com o documento, os custos variáveis – como combustível e taxas aeroportuárias – também foram reduzidos, uma vez que a oferta está 93% menor. “Tendo em vista a situação sem precedentes, fazemos esta atualização aos investidores. Estamos num ambiente totalmente instável e quero agradecer a atitude dos nossos 16 mil colaboradores e reafirmar nosso compromisso com o País”, disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff.

Ele acredita que a malha voltará a ser ampliada, aos poucos, a partir do início de maio. Kakinoff também agradeceu o empenho dos órgãos governamentais, em especial o Ministério da Infraestrutura e o Ministério da Economia, em contribuir para que as companhias aéreas sigam ativas. “O governo tem sido protagonista deste esforço para viabilizar o menor impacto possível. O nosso setor, se não for o mais impactado, está entre os três mais impactados. Prestamos um serviço essencial ao País e não estamos pedindo subsídios, mas apoio. Sabemos que a crise vai passar e precisamos preservar o caixa até que o mercado volte ao normal”, destacou. “Ao final deste duro processo, a Gol estará ainda mais forte e mais experiente”, complementou.

Malha

O presidente da Gol destacou que ainda não há discussão de como será a malha aérea a partir de maio, uma vez que ainda não há perspectivas sobre como a crise irá se desenvolver. A malha atual vai até o dia 3 de maio e pode ser alterada conforme o comportamento da demanda. “Podemos ter mudanças, mas neste momento não há nenhuma discussão neste sentido”, revelou.

Perspectivas

A margem EBITDA está prevista para ficar entre 44 e 46% no primeiro trimestre. A receita unitária por passageiro, chamada também de PRASK, será – conforme as perspectivas da companhia – 1% menor do que a registrada no mesmo período do ano passado. Já os custos unitários serão cerca de 23% menores.

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