BUENOS AIRES – A partir de abril de 2019, o Aeroparque Jorge Newbery, na capital argentina, passa a receber apenas operações domésticas e voos internacionais do Uruguai. A decisão do governo em centralizar todos os voos provenientes do exterior no Aeroporto Internacional de Buenos Aires/Ezeiza obrigará a Gol a trocar suas operações de aeroporto no país. Até o momento, a companhia já entregou 50% do seus slots no Aeroparque.
Para Giancarlo Alcalai, gerente executivo de Mercado Internacionais da Gol, que participa da FIT 2018, a decisão do governo não é considerada uma mudança positiva. “Quando olhamos para o ponto de vista do passageiro, principalmente do corporativo, não é uma mudança positiva, embora o Ezeiza seja mais confortável. Isto porque o Aeroparque é bem localizado, enquanto o Ezeiza é mais distante. No entanto, teremos tempo para nos adaptar e algumas vantagens para conectar os argentinos com todas as capitais do Brasil e, de lá, para o exterior”, disse.
Antes disto, no entanto, tem a temporada de verão. De acordo com Giancarlo, serão 50 voos extras a partir de dezembro entre Brasil e Argentina. “Iremos utilizar nosso hub em Brasília, de forma estratégica, para conectar os argentinos com todo Brasil e exterior, como nossos novos voos para Cancún, Miami, Orlando e Quito. O bom é que todas as saídas partirão de Ezeiza, o que melhorará a conectividade e nossa presença no aeroporto”, disse. “Por outro lado, o hub da Air France-KLM e Gol no Nordeste fica mais focado no Norte do Brasil e Europa”, completou.
CHEGADA DAS LOW-COSTS NO CONE SUL: GOL PREPARADA
Giancarlo afirmou que a Gol está preparada para a chegada das low-costs no mercado argentino, como Flybondi, que já solicitou centenas de rotas para o Brasil, e a própria Norwegian Air Argentina, que já caminha a passos largos no país. “A concorrência é positiva e natural. A Gol cresceu e se tornou líder no mercado brasileiro em meio a uma grande concorrência. Logo, estamos sempre preparados e em busca de fortalecermos cada vez mais nossa presença”, revela Giancarlo.
De acordo com o gerente, é o produto de qualidade que diferencia a Gol da concorrência das low-costs. “E nossa relação com o trade argentino é fortíssima. Atualmente, 75% das vendas da Gol por aqui são através de agências. Sem falar na grande parceria que temos com a Aerolíneas Argentinas. Enquanto operamos em cinco aeroportos, a companhia argentina opera em todo o país nos alimentando e isto também acontece no Brasil”, revelou.
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