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Aviação

Gol tem prejuízo de R$ 715 milhões no 2º trimestre de 2012

Gol quer manter pilar de aérea de basto custo

Gol quer manter pilar de aérea de basto custo


A Gol linhas aéreas divulgou na noite desta segunda-feira (13), o resultado do 2º trimestre de 2012. Em comunicado assinado por Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Gol e Constantino de Oliveira Junior, fundador e presidente do Conselho da Gol, a aérea apresentou prejuízo líquido no segundo trimestre de R$715,1 milhões.

Segundo a nota, “Os resultados do trimestre refletem o cenário macroeconômico desafiador para o setor de aviação civil. Os altos custos com combustível, a depreciação do real frente ao dólar americano que impacta diretamente 55% das despesas operacionais da Companhia e o aumento nos custos com tarifas relacionadas a operação aérea no Brasil impactaram significativamente os resultados da Gol e do setor aéreo nacional”.

Os executivos da empresa realizaram uma teleconferência para explicar os principais pontos do balanço do 2º trimestre de 2012. O presidente da aérea apontou também a adequação da empresa aos custos com pessoal. “Foram feitos 1.500 desligamentos, ao mesmo tempo realizados admissões para substituições. Isso gerou um custo entre 20 e 25 milhões, que chegam a quase 20% do custo total. Planejamos para o próximo semestre um número de gastos menor, cerca de 18%, o que ajudará a melhorar os resultados. Não é apenas a redução de pessoal, mas a atualização da frota nas principais regiões do país”, destacou.

O prejuízo operacional consolidado (EBIT) do 2º trimestre de 2012 totalizou R$354,6 milhões, com margem operacional negativa de 19,4% em comparação ao prejuízo operacional registrado no 2º trimestre de 2011.

Paulo Sérgio e Constantino apostam que a empresa poderá reverter esse quadro ainda no ano de 2012, “A GOL redimensionou sua malha aérea descontinuando cerca de 130 rotas deficitárias e revisou sua estrutura organizacional, quadro de pessoal e custos fixos. O impacto positivo dessas ações serão percebidas, principalmente, a partir do segundo semestre de 2012”.

Eles ainda apontaram que pretendem chegar até o final do ano com 131 aeronaves. “Hoje operamos com 150 aeronaves, contudo a redução para 131 não quer dizer que teremos menos assentos. Estamos devolvendo algumas aeronaves de pequeno porte e dando preferência as com maior ocupação”, apontaram.

Ainda de acordo com o balanço, a Gol possui cerca de R$1,9 bilhão em seu caixa total para “permanece também com uma sólida posição financeira e de caixa adequado para suportar um cenário macroeconômico desafiador para a indústria”.

A demanda de passageiros apresentou crescimento de aproximadamente 1,6%, segundo a nota, devido principalmente, por conta do modesto crescimento da economia brasileira durante o primeiro semestre de 2012.

Em relação a fusão com a Webjet, a empresa espera aprovação da compra, que ainda está sob análise final do CADE. A empresa destacou a sinergias operacionais entre as aéreas, um total de R$25 milhões, principalmente, com relação a custos com manutenção de aeronaves, custos com combustível e potencialização do canal de vendas por meio do acordo de interline vigente entre as companhias. No total, já foram realizados cerca de R$48 milhões de sinergias operacionais desde a operação coordenada.

Kakinoff afirmou que a empresa não saíra do vermelho este ano, e espera uma recuperação a partir de 2013. Na mensagem final, Paulo Sérgio Kakinoff e Constantino Junior afirmam: “O ajuste na malha aérea garantirá a adequação da GOL a uma nova realidade de crescimento do mercado nacional e uma adequação da sua estrutura para tornar a operação mais ágil e simples. A Administração permanece confiante na oportunidade existente no Brasil, hoje um dos mercados aéreos mais subpenetrados do mundo, e acredita na resiliência e crescimento sustentável da economia nacional nos próximos anos”.

Atualizada 11h

Filipe Cerolim

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