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Aviação / Política

Iata pede série de exigências aos governos para viabilizar setor aéreo

Investimento com TI nos aeroportos pode chegar a US$ 10 bilhões em 2018

Os governos já forneceram US$ 173 bilhões às companhias aéreas, mas muitos programas estão acabando, e a crise da Covid-19 continua além do tempo previsto

A 76ª Assembleia Geral Anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) aprovou por unanimidade uma resolução que reforça o compromisso das companhias aéreas de reconectar o mundo de forma segura e sustentável. A resolução pediu aos governos uma série de exigências. Entre elas, que garantam a viabilidade do setor com ajuda financeira e apoio regulatório contínuo, além de ajudar a alcançar a meta de 2050 de reduzir as emissões para metade dos níveis de 2005.

Ainda de acordo com a Iata, é preciso ainda que os governos trabalhem com as companhias aéreas para garantir que os padrões de segurança e as habilidades fundamentais sejam mantidos tanto durante a crise quanto na subsequente retomada e aumento das operações.

“A Covid-19 tem devastado os balanços das companhias aéreas membros da Iata e precisamos de apoio contínuo do governo para permitir que o setor da aviação retome e reconstrua a conectividade. Sem os benefícios econômicos que a aviação oferece, a recuperação econômica global será muito mais fraca e lenta”, disse Alexandre de Juniac, CEO da Iata.

Apoio financeiro

Os governos já forneceram US$ 173 bilhões às companhias aéreas, mas muitos programas estão acabando, e a crise da Covid-19 continua além do tempo previsto.

“O auxílio financeiro de US$ 173 bilhões salvou inúmeros empregos e evitou falências em massa. Este apoio foi um investimento na recuperação, não apenas das companhias aéreas, mas da economia como um todo. Cada emprego na aviação sustenta outros 29 empregos. A recuperação global desta crise ficará significativamente comprometida sem o catalisador econômico da aviação”, disse de Juniac.

Segundo estimativas, as perdas das companhias aéreas serão de US$ 118,5 bilhões em 2020 e mais US$ 38,7 bilhões em 2021. Desta forma, segundo a Iata, o caixa será positivo somente no final de 2021. “Será necessário mais apoio para que o setor passe pela crise. E ele deve vir em formas que não aumentem ainda mais a dívida, que aumentou de US$ 430 bilhões em 2019 para US$ 651 bilhões em 2020”, disse de Juniac.

Sustentabilidade

As companhias aéreas reafirmaram seu compromisso com a redução, até 2050, das emissões líquidas de CO2 para metade dos níveis de 2005. Esta é a primeira vez que o setor considera coletivamente um futuro com zero emissão líquida. “Será um desafio atingir a nossa meta de reduzir nossas emissões líquidas para metade dos níveis de 2005, mas sabemos que isso pode ser feito. E temos a confiança cada vez maior de que o setor pode encontrar um caminho para zero emissão líquida”, disse de Juniac.

Segurança

Os membros da Iata também reiteraram seu compromisso com a segurança. Como exemplo disso, na crise da Covid-19, a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) publicou o documento Take-off com orientações abrangentes para o setor, com o apoio da Iata e de outros grupos envolvidos.

A resolução também pediu aos governos que trabalhem com as companhias aéreas para manter os padrões de segurança e níveis essenciais de habilidades durante a crise

Este documento estabelece a base para a implementação harmonizada de uma abordagem em várias camadas para manter os viajantes e a tripulação em segurança. Mesmo com 86% das pessoas que viajam atualmente relatando que se sentem seguras com as novas medidas, ainda há muito a ser feito para a implementação universal.

A resolução também pediu aos governos que trabalhem com as companhias aéreas para manter os padrões de segurança e níveis essenciais de habilidades durante a crise, além de uma retomada e aumento das operações de forma segura.

“Devemos planejar cuidadosamente com as autoridades como realizar a expansão segura das operações na recuperação. A reativação de milhares de aeronaves paradas, o gerenciamento das qualificações e a preparação de milhões de funcionários licenciados e lidar com a grande redução de trabalhadores experientes serão fundamentais para um reinício seguro. Desde os primeiros estágios da crise, trabalhamos com a OACI e as autoridades em uma estrutura para realizar tudo isso. E esse trabalho continua enquanto a crise se arrasta além das expectativas”, disse de Juniac.

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