Legisladores norte-americanos querem bloquear expansão da Norwegian Air nos EUA

Baixos preços dos bilhetes já incomodam grandes companhias aéreas norte-americanas

No último dia 14 de abril, a terceira maior low-cost da Europa conseguiu a tão esperada aprovação do Departamento de Tranportes dos EUA (DOT, em inglês) para expandir ainda mais as suas operações no mercado norte-americano. No entanto, esta alegria pode durar pouco. Um grupo de legisladores apresentou esta semana um projeto que tenta bloquear a expansão das operações da Norwegian Air em solo norte-americano, alegando preocupações com a segurança das operações e com razões que envolvem direitos trabalhistas.

A Norwegian Air voa entre Europa e Estados Unidos desde 2014, com seus bilhetes muitas vezes bem mais baratos do que os oferecidos pelas companhias norte-americanas nas mesmas rotas. Certos políticos norte-americanos estão preocupados com as regras de segurança de trabalho que a Norwegian poderia praticar nos EUA, pagando pilotos estrageiros com taxas salariais que estão abaixo da média do mercado. Uma decisão deve ser tomada pelo Departamento de Transporte dos EUA até 13 de maio, quando encerram-se os comentários e opiniões políticas.

A companhia norueguesa, que opera atualmente em oito aeroportos por seis destinos norte-americanos, quer levar as operações para 38 rotas em todo o país até o fim de 2016, e afirmou que todos os postos de trabalhos criados nos Estados Unidos estão de acordo com os salários-base dos pilotos, staff em solo e tripulantes, além de afirmar ter se tornado um novo criador de centenas de novas vagas de emprego no setor da aviação. Ainda de acordo com a Norwegian, todas as regulamentações estão em dia com órgãos reguladores de EUA e Europa.

A decisão de ampliar suas operações já tinha colocado grandes companhias aéreas como forte opositores, incluindo as empresas norte-americanas Delta, United e American, sem falar nas europeias Air France-KLM e Lufthansa. Os planos de expansão da Norwegian também foram criticados pelos sindicados que representam pilotos e comissários de bordo. O presidente da Associação Air Line Pilots, Tim Canoll, afirmou que a aprovação  pode ser considerada “uma afronta a concorrência leal” nas viagens internacionais entre os continentes.