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Aviação

Norwegian recebe aprovação para expandir operações nos EUA e vira alvo de polêmica; entenda

Estratégia utilizada pela low-cost pode afetar concorrência em operações entre Estados Unidos e Europa

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A Norwegian é conhecida no mercado por mexer com a indústria de aviação pelo modelo estratégico que segue

A terceira maior low-cost da Europa conseguiu a tão esperada aprovação do Departamento de Tranportes dos EUA (DOT, em inglês) para expandir ainda mais as suas operações no mercado norte-americano. O anúncio feito pelo DOT é considerado uma vitória para a Norwegian Air, que iniciou voos para os EUA há três anos atrás, e que teve o certificado de operação de sua subsidiária internacional negado por quase dois anos, com apoio de companhias domésticas estadunidenses e de sindicatos de pilotos e comissários.

A decisão coloca a Norwegian Air International Limited pronta para operar novos voos entre Estados Unidos e União Europeia sob o acordo de Open Skies. A Norwegian é conhecida no mercado por mexer com a indústria de aviação pelo modelo estratégico que segue, já que tenta impor baixos preços de seus bilhetes em rotas de longa distância consideradas extremamente lucrativas. A preocupação é que o modelo adotado pela Norwegian junto aos seus trabalhadores e clientes, possa diminuir os benefícios e salários de pilotos e comissários que estão baseados nos Estados Unidos e Europa.

A Norwegian vem buscando um certificado separado para sua subsidiária internacional com o objetivo de ter mais flexibilidade e oferecer um maior números de voos entre Estados Unidos e seus destinos no continente europeu. Por ter enfrentado grandes atrasos por parte dos órgãos reguladores dos EUA, a Norwegian até se comprometeu em utilizar somente pilotos e comissários de bordo provenientes dos Estados Unidos e Europa em seus voos transatlânticos, algo que poderia facilitariar diretamente a emissão dos documentos necessários.

A decisão já colocou grandes companhias aéreas como forte opositores, incluindo as empresas norte-americanas Delta, United e American, sem falar nas europeias Air France-KLM e Lufthansa. Os planos de expansão da Norwegian também foram criticados pelos sindicados que representam pilotos e comissários de bordo. O presidente da Associação Air Line Pilots, Tim Canoll, afirmou que a aprovação expõe uma série de falhas nas políticas norte-americanas de aviação e pode ser considerado “uma afronta a concorrência leal” nas viagens internacionais entre os continentes.

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