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Aviação

Lufthansa e Ferrovie desistem de resgatar Alitalia

O número de passageiros também aumentou em 1.5% comparado com 2018 e 6.1% comparado com 2017

O número de passageiros também aumentou em 1.5% comparado com 2018 e 6.1% comparado com 2017

Lufthansa e Ferrovie dello Stato estão fora do plano de resgate da Alitalia. A dura decisão agrava ainda mais a já delicada situação da companhia italiana, que poderá encerrar suas operações em junho caso não haja mais interessados em sua reestruturação. O ministro da Economia da Italia, Stefano Patuanelli, mais uma vez reconheceu o atual momento da Alitalia e afirmou à imprensa local que seguem “num caminho estreito e difícil”.

Como anunciado pelo M&E em novembro, o consórcio investidor liderado pela estatal ferroviária italiana não estava em condições adequadas no momento de implementar o plano de resgate para a completa e já aguardada reestruturação da companhia. A informação foi confirmada pela própria Ferrovie, em comunicado divulgado no mesmo momento, um dia antes do deadline que encerraria as propostas pelo resgate da estatal italiana.

As observações feitas pela Ferrovie, na época, sugeriram que o plano de resgate já estava caindo por terra, bem como divulgado pelo portal italiano II Messaggero. A afirmação ocorrera um dia após o grupo Atlantia, que estava na jogada ao lado da própria Ferrovie, afirmar que não estava mais pronto para fazer parte do consórcio. A estatal trabalhou duro para formar um consórcio de resgate para Alitalia antes de desistir do negócio. Negociou com Delta  e easyJet, mas ambas descartaram a participação. Agora, de acordo com o diretor da Ferrovie, Gianfranco Battisti, “o procedimento está encerrado, e estamos fora da operação”, disse à comissão parlamentar na Itália.

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Stefano Patuanelli, ministro da Economia da Italia

No começo do mês de novembro, até a Lufthansa tinha demonstrado certo interesse no plano de resgate, esfriando com isso as intenções da Delta, e agora foi ela mesma que optou por não participar mais da jogada. A companhia alemã era considerada a última esperança entre os interessados pela companhia italiana. No entanto, em frente à comissão, o CEO da Air Dolimiti (braço italiano da Lufthansa) afirmou que a investida não acontecerá.

O governo italiano, por sua vez, realizou a última intervenção para salvar a Alitalia em dezembro, companhia que já gastou mais de US$ 10 bilhões em receita de contribuintes nos últimos anos. Hoje, a Alitalia perde cerca de US$ 2,2 milhões por dia e segue sob controle de uma comissão que cuida do seu processo de insolvência.

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