Lufthansa está mais perto de adquirir 40% de participação da ITA Airways

Os detalhes da oferta não foram divulgados, mas o valor do negócio foi estimado em € 250-300 milhões (Divulgação)

A Lufthansa está cada vez mais perto de adquirir uma participação na ITA Airways. Seu plano de negócios foi oficialmente aprovado pelo conselho de administração da ITA Airways no último dia 30 de março. De acordo com os portais locais, compartilhados pelo portal BTN Europe, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, afirma que o obstáculo final e real nas negociações é o preço. Isto porque, a Lufthansa registrou um prejuízo de cerca de € 486 milhões em 2022.

Carsten Spohr teria se reunido com o Ministério da Economia e Finanças da Itália e a alta cúpula da ITA Airways em Roma, na semana passada, para finalizar as negociações e assim adquirir 40% da transportadora estatal, com opções para comprar os 60% restantes posteriormente.

Em janeiro, o ministro das Finanças da Itália, Giancarlo Giorgetti, assinou um memorando de entendimento com a Lufthansa, que marcou o início de negociações “exclusivas”. Os detalhes da oferta não foram divulgados na época, mas o valor do negócio foi estimado em € 250-300 milhões, de acordo com a imprensa local. Após as últimas negociações em Roma, Spohr disse que um acordo final “ainda deve demorar algumas semanas”, mas que uma decisão é esperada para 24 de abril.

Esta não foi a primeira vez que a Lufthansa se interessa pela ITA. Em maio passado, o Grupo Lufthansa e o Grupo MSC fizeram uma oferta formal pela ITA. Logo depois o governo italiano entrou em negociações exclusivas com um consórcio formado pela Delta Air Lines, Air France-KLM e U.S. fundo de investimento Certares. Com o fim do período de exclusividade encerrado e sem acordo, a Lufthansa voltou à mesa, mas dessa vez sem a MSC.

Em novembro passado, surgiu também um possível novo investidor, com interesse em também assumir uma participação majoritária na ITA Airways, no caso a holding ferroviária estatal italiana, Ferrovie dello Stato (FS). A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, na época, estudava a possibilidade de transferir a companhia aérea para um consórcio da companhia ferroviária e da Lufthansa. Originalmente, a proposta era de adquirir 80% do capital, mas por um valor de até € 800 milhões.