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Aviação / Política

Ministério da Infraestrutura estuda fusão da Infraero com outras estatais

Tarcísio Freitas, Ministro da Infraestrutura

Tarcísio Freitas, Ministro da Infraestrutura (Eric Ribeiro/M&E)

O Ministério da Infraestrutura estuda a possibilidade de fusão da Infraero com outras duas empresas estatais, a Empresa de Planejamento em Logística (EPL) e a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. A união aproveitaria o quadro de funcionários das empresas e não geraria demissões. De acordo com o ministro Tarcísio de Freitas, o processo de análise pode durar até oito meses e caso concretizado ocorreria somente no segundo semestre de 2020.

“É uma coisa embrionária, a gente vê que existe alguma superposição entre atividades dessas empresas. Podemos, eventualmente, ter essas atividades em uma empresa, com apenas uma área administrativa. Então, há possibilidade de, nesse formato, fazer a mesma coisa com mais eficiência e menos custo”, destacou o ministro da Infraestrutura nesta segunda-feira (11), após reunião com empresários no Rio de Janeiro, em almoço promovido pela Câmara Espanhola de Comércio no Brasil.

O ministro afirmou que o estudo busca reduzir gastos, aumentar a eficiência e não tem o objetivo de preparar as empresas para a privatização. “Se a gente perceber, lá na frente, no futuro, que essa empresa gera muito valor e há algo que possa ser objeto do mercado privado, pode ser que lá na frente a gente pense também em uma privatização, mas não é a ideia no momento.”

FUTURO DA INFRAERO

A possibilidade de fusão surge em um momento de ainda indefinição sobre o futuro da Infraero após as concessões de todos os terminais administrados pela estatal. Entre as possibilidades já ventiladas estiveram privatização, extinção ou mudança de função.

Em agosto, durante evento realizado em São Paulo, a secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, chegou a afirmar que a Infraero poderia ser extinta após a realização dos últimos dois leilões de aeroportos.

Outra possibilidade, que ganhou força nos últimos meses, é a de a Infraero se dedicar exclusivamente à aviação regional, focando no desenvolvimento de novos destinos e rotas para destinos secundários. A ideia é de que esta tarefa seja realizada em parceria com estados e municípios.

Ministros Santa Cruz, da Secretaria de Governo e Tarcisio Freitas, da Infraestrutura, com os vencedores da quinta rodada de concessões

Ministro Tarcisio Freitas, da Infraestrutura, com os vencedores da quinta rodada de concessões, realizada em março.

Ao todo já foram realizados cinco leilões de concessões de aeroportos. O sexto, previsto para o segundo semestre 2020, englobará 22 aeroportos das regiões Sul, Norte, Centro-Oeste e Nordeste. A expectativa é arrecadar R$ 5 bilhões.

Já a sétima e última rodada de concessões está prevista para ocorrer entre o fim de 2021 e o início de 2022 e contará com outros 19 aeroportos. Entre eles estão os principais ativos da Infraero, Santos Dumont e Congonhas, que serão deixados para o fim para garantir a arrecadação da empresa até uma decisão sobre o seu futuro. Para esta rodada é esperado um investimento de R$ 5,28 bilhões.

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