O preço médio das passagens aéreas no Brasil registrou queda de 5,1% em 2024, chegando a R$ 631,16, de acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O dado, baseado em informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), contrasta com o cenário global, onde as tarifas aumentaram 15% no mesmo período.
Em um encontro com jornalistas nesta quinta-feira (16), o ministro destacou que mais da metade das passagens (50,8%) foi comercializada por menos de R$ 500. “É um resultado significativo, especialmente considerando o contexto internacional de alta nos preços”, afirmou.
A Anac informou que o cálculo da tarifa média considera todas as passagens comercializadas para voos regulares domésticos no Brasil, excluindo apenas descontos não acessíveis ao público em geral. Segundo a agência, essa metodologia permite captar variações constantes nos preços, que podem mudar até mesmo ao longo de um único dia. Além da redução nos preços, a taxa de ocupação das aeronaves atingiu 84% em 2024, o maior índice desde 2002.
Impacto do programa Voa Brasil
O ministro também abordou o programa Voa Brasil, que oferece passagens a preços de até R$ 200 por trecho para aposentados do INSS. Apesar de seus benefícios, o impacto do programa ainda é limitado. “Muitas pessoas, principalmente no interior, ainda não conhecem o Voa Brasil. Estamos planejando campanhas para ampliar a divulgação”, afirmou Costa Filho.
O programa já movimentou o equivalente a 200 aeronaves lotadas de aposentados, mas, segundo o ministro, seu foco é a inclusão social e não a redução dos preços gerais das passagens.
Desafios no setor de aviação
A falta de aeronaves no mercado, agravada pela pandemia, tem sido um dos principais desafios do setor, explicou o ministro. “A entrega de novas aeronaves pode levar de quatro a cinco anos, e a produção global foi reduzida nos três anos pós-pandemia, impactando diretamente os preços das tarifas internacionais”, disse Costa Filho.