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Aviação

Qantas aposenta B747s, demite colaboradores, reduz frota e corta entregas

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A companhia disse que, apesar de entrar na crise “em melhor forma do que a maioria”, ainda buscará capital adicional no mercado

A estratégia de recuperação da Qantas pós-pandemia do novo coronavírus (Covid-19) já entrou em vigor e foi a responsável por aposentar toda a frota de B747-400ERs, tirar de serviço (por até um ano) outras 100 aeronaves (de diferentes modelos) e adiar a entrega de A321neos e B787-9s.

Embora sem especificar quais aeronaves seriam groundeadas*, a Qantas confirmou que seus doze A380s ficarão fora de serviço. De acordo com a companhia, a decisão “representa uma porcentagem significativa da vida útil remanescente” dos A380s, devido à redução prevista de demanda.

“O plano tem três ações imediatas para resguardar nosso futuro e a maioria dos empregos. A primeira é dimensionar a força de trabalho, frota e gastos de capital para um mundo que voará menos por um longo período. A segunda é a reestruturação para proporcionar economias contínuas nas operações do Grupo num mercado alterado. E a terceira é recapitalizada por meio de um aumento de capital que fortalecerá nosso balanço e acelerará nossa recuperação “, afirmou o CEO da Qantas, Alan Joyce.

A Qantas disse que voaria em torno de 40% de sua capacidade doméstica pré-Covid em julho e espera aumentar esse nível nos próximos meses. No entanto, o governo australiano disse recentemente que as fronteiras do país poderiam permanecer fechadas – com algumas exceções – até o final de 2020, o que derrubaria a recuperação internacional da Qantas. A companhia disse que, apesar de entrar na crise “em melhor forma do que a maioria”, ainda buscará capital adicional no mercado.

O plano da transportadora também inclui uma série de medidas de redução de custos que visam economizar US$ 10,3 bilhões nos próximos três anos. Essas medidas incluem demissões permanentes que afetam 6 mil funcionários e a extensão de licenças não remuneradas que afetam 15 mil funcionários, particularmente os envolvidos nas operações internacionais da Qantas.

As demissões afetarão predominantemente operações em terra (1,5 mil funcionários demitidos), posições não operacionais (1.450) e tripulação de cabine (1.050). “Essas são pessoas para as quais não temos trabalho agora, mas no futuro. Cerca da metade dos demitidos voltará a voar no mercado interno, acredito, até o final do ano. O restante, principalmente aqueles que operam voos internacionais, retornarão num ritmo mais lento”, disse o CEO.

*Groundeado – gíria utilizada no mundo da aviação (no Brasil), proveniente da palavra em inglês “ground” (terra; chão; solo), para dizer que uma aeronave está em solo, fora de serviço ou sem permissão para voar naquele exato momento.

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