Outubro marca o início oficial do processo de redução de voos no aeroporto Santos Dumont. Como vimos aqui no M&E, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em agosto, a portaria que restringe as operações no terminal. A partir de janeiro de 2024, o SDU só poderá receber voos com até 400km de distância, sem conexão com aeroportos internacionais. Em outras palavras, apenas com Vitória e Congonhas, sob resolução do Conac (Brasília segue em negociação).
A “transferência de voos” para o Galeão já será considerável neste mês de outubro, seguindo as diretrizes definidas pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, que estabeleceu um limite máximo de dez milhões de passageiros no terminal no ano de 2023. A malha aérea da Gol, por exemplo, já passará por mudanças neste mês, com alguns voos sendo transferidos para o Galeão, principalmente aqueles conectados com o Sul do Brasil, como Porto Alegre e Curitiba.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em setembro, o Santos Dumont registrou 5.028 frequências de voos (decolagens). Para outubro, são projetadas 3.939 frequências. Para novembro, 3.548. E, para dezembro, 3.628. Por outro lado, o Galeão terá um aumento de frequências de voos e novos destinos. Em setembro, o Galeão teve 1.902 frequências. Em outubro, projetam-se 2.443 frequências. Para novembro, 2.749. E, para dezembro, 2.976.
O que pegou todo mundo de surpresa, na época, é que Brasília não foi incluída nas operações do SDU, que só terá voos para Congonhas e Vitória a partir de 2 de janeiro de 2024. O objetivo é manter o limite de passageiros no Santos Dumont em menos de 10 milhões por ano, além de criar uma conexão ainda mais direta com o Galeão. O Ministério de Portos e Aeroportos, porém, avalia um projeto de lei para incluir a capital federal nos destinos possíveis do SDU.
Com informações da InfoMoney.