Se já não bastasse os imbróglios enfrentados em negociações com pilotos britânicos assistidos pela BALPA, que têm greve marcada para o período de 2 a 4 de setembro, a Ryanair agora terá de enfrentar a paralisação das atividades dos pilotos espanhóespis representados pela SEPLA, sindicato que anunciou a “cruzada dos braços” nos dias 19, 20, 22, 27 e 29 de setembro.
Cerca de 900 pilotos serão convidados a protestar contra o fechamento de diversas bases da Ryanair na Espanha, como Lanzarote, Tenerife, Las Palmas e Girona, eliminando um total de 120 postos de trabalho. E para piorar ainda mais a situação, a ação terá apoio dos sindicatos USO e SITCPLA, que representam os comissários de bordo e já marcaram greve para os dias 1, 2, 6, 8, 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de setembro.
A SEPLA tem mais motivos para convocar a paralisação. O sindicato acusa a Ryanair de procurar estabelecer uma série de empresas “low-costs de uma low-cost”, que derruba benefícios e salários. A SEPLA cita ainda a criação de uma base em Palma de Mallorca pela subsidiária Lauda, além da criação da Buzz Air, low-cost polonesa que está oferecendo vagas para pilotos nas Ilhas Canárias.
Não é só na Espanha que a Ryanair passa por problemas. A companhia enfrenta uma série de ameaças de greve em diversos paises na Europa justamente por ser acusada de proporcionar condições péssimas de trabalho. O presidente da SEPLA, Oscar Sanguino, no entanto, diz que fará de tudo para evitar mais uma paralisação. “Faremos de tudo para evitar a paralisação, mas lembramos que estamos apenas defendendo nossos empregos”.