A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a fusão entre a brasileira Embraer e a americana Boeing. A aprovação, de acordo com o regulamento do Cade, ainda pode ser contestada por algum dos conselheiros em até 15 dias.
O aval foi dado pelo superintendente-geral do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo e, como a operação não recebeu restrições, as empresas não serão obrigadas a tomar medidas como venda de ativos para concorrentes.
Em outubro do ano passado, em comunicado, Embraer e Boeing afirmaram que continuavam trabalhando em conjunto para estabelecer sua parceria estratégica, posicionando ambas para agregar maior valor às companhias aéreas e seus clientes e acelerar o crescimento nos mercados aeroespaciais globais.
“Desde a aprovação da parceria pelos acionistas da Embraer, em fevereiro deste ano, as companhias têm trabalhado em um planejamento diligente para a criação de uma joint venture composta pelas operações de aeronaves comerciais e serviços relacionados a este segmento da Embraer. A Boeing deterá 80% da nova empresa, denominada Boeing Brasil – Commercial, enquanto a Embraer terá os 20% restantes”, diz a nota.
A transação permanece sujeita a aprovações regulatórias em âmbito internacional. Após uma avaliação detalhada da Comissão Federal de Comércio dos EUA, a parceria recebeu autorização para ser concluída. Já a Comissão Europeia indicou recentemente que iniciará uma segunda fase de análises da transação, e a Embraer e a Boeing, por sua vez, continuarão contribuindo com o processo de revisão.
Fonte: Folha de S. Paulo