Os sindicatos que representam todos os trabalhadores da Tap confirmaram, nesta quarta-feira (11/12), a realização de uma greve total entre o Natal e o Ano Novo. A paralisação ocorrerá nos dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro. A greve junta 12 sindicatos da Tap e pretende contestar a privatização do grupo, que o Governo decidiu relançar em novembro.
“A greve da Tap é uma vergonha e é uma irresponsabilidade e lamenta-se
que um Governo da República, que se mostra tão forte com os fracos, não
tenha força para meter a Tap na ordem”, frisou Alberto João Jardim,
atual presidente do governo regional de Madeira, Portugal.
Num comunicado enviado às redações, a plataforma explica que decidiu “desencadear todas as ações necessárias e suficientes, com destaque para uma ação industrial contínua e coordenada para os próximos dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro, para sensibilizar o Governo sobre a necessidade de travar o processo de privatização”.
No caso do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), a decisão de aderir aos protestos foi tomada nesta quarta-feira, em assembleia geral. A Tap tem estimado em cinco milhões de euros os prejuízos diários com greves, mas apenas para a atividade da aviação. Além de se tratar de um período mais longo, as perdas serão necessariamente maiores, visto que todas as empresas do grupo serão abrangidas. A companhia está vivendo um ano recorde de prejuízos, tendo sido já cancelados mais de 700 voos com as paralisações agendadas pelos pilotos e pelos tripulantes em 2014.