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Cruzeiros / Feiras e Eventos

Armadoras exigem mudanças imediatas para setor de cruzeiros sobreviver no Brasil

Marco Ferraz, da Clia Brasil, Mário Franco, da Royal Caribbean, Estela Farina, da NCL, Rene Hermann, da Costa, e Adrian Ursilli, da MSC

Marco Ferraz, da Clia Brasil, Mário Franco, da Royal Caribbean, Estela Farina, da NCL, Rene Hermann, da Costa, e Adrian Ursilli, da MSC

BRASÍLIA – Logo após a cerimônia de abertura do II Fórum Clia Brasil 2018, foi a vez dos líderes de grandes armadoras no Brasil debaterem sobre o futuro da indústria e exigirem mudanças imediatas para o desenvolvimento dos cruzeiros. Subiram ao palco para participar do primeiro painel “A Indústria de Cruzeiros no Brasil e no Mundo” Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, Adrian Ursilli, Country Manager Brasil da MSC, Rene Hermann, diretor presidente da Costa para a América do Sul, Estela Farina, diretora da NCL no Brasil, e Mário Franco, diretor da Royal Caribbean no Brasil.

O diretor da Royal Caribbean no Brasil, Mário Franco, revelou os números da armadora para os próximos anos. São 10 navios devidamente encomendados, que chegaráo nos próximos cinco anos. A empresa detém 25% do marketshare mundial dos cruzeiros marítimos. Na temporada 2018/19, no entanto, navios da Royal no Brasil só de passagem. “E as autoridades querem tributar, querem saber da legislação trabalhista, logo fica difícil de realizarmos navios de cabotagem, por exemplo. O Brasil não percebe que a competição é internacional e não doméstica”.

Mário revelou ainda que o Brasil tributa navios que vem para cá. “Todo o consumo a bordo é tributado, sem falar no imposto de renda. Temos 56 nacionalidades a bordo nos navios, e ainda recebemos ações trabalhistas para pagar a CLT. O custo grande inibe a competição e faz com as empresas saiam daqui. É preciso deixar que os navios no Brasil concorram com outros destinos mundo a fora”.

Adrian Ursilli, da MSC, Estela Farina, da NCL, e Marco Ferraz, da Clia Brasil

Adrian Ursilli, da MSC, Estela Farina, da NCL, e Marco Ferraz, da Clia Brasil

Já o diretor presidente da Costa Cruzeiros no Brasil, Rene Hermann, frisou que a armadora investe no País há 70 anos, apesar de todos os problemas. “Hoje estamos perdendo dinheiro. Para os destinos e terminais, o impacto econômico é menor, a geração de empregos é menor. É preciso chegarmos a alguns acordos, mas sei que é difícil. Eu trabalho há 24 anos nesta indústria, e posso dizer que é muito difícil avançar”, frisou o diretor.

“Como líderes, temos que gerar empregos e evoluir junto ao País”. Estas são palavras do Country Manager Brasil da MSC, Adrian Ursilli. Além de revelar a construção de 13 novos navios, em investimentos que ultrapassam os 11 bilhões de euros, o que vai triplicar a oferta da armadora até 2026, Ursilli sabe das dificuldades de operar no Brasil. “Queremos continuar investindo e empregando no Brasil. Precisamos unir maneiras de desatar o nó em que o País se transformou. Temos muitas dificuldades, os terminais têm dificuldade, os destinos tem burocracias enormes. É uma obrigação nossa não travar o desenvolvimento natural do segmento de cruzeiros no Brasil“, revelou.

A diretora da NCL no Brasil, Estela Farina, lembrou dos oito navios que serão inaugurados nos próximos anos. No entanto, revela que o Brasil precisa ser um ambiente mais acolhedor caso queira receber operações de seus navios durante a temporada. “A ideia de trazer navios para o Brasil precisa de mudanças imediatas. Um planejamento de cruzeiros começa quase três anos antes, logo precisamos ter um ambiente mais acolhedor no Brasil, o que significa estrutura, custos apropriados e competitivos e segurança jurídica que nos permita ter uma melhor operação“, revelou Farina.

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