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Cruzeiros

Clia Brasil defende protocolos e se surpreende com alerta para suspender cruzeiros

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos no Brasil (Clia Brasil) informou, em nota oficial neste domingo (2), que o setor de cruzeiros recebeu com surpresa a recomendação da Anvisa de suspensão provisória da temporada, tendo em vista que os “menos de 400 casos positivos identificados a bordo representam 0,3%, ou seja, uma pequena minoria dos 130 mil passageiros e tripulantes embarcados desde o início da atual temporada, em novembro“.

Segundo a Clia, esses casos, em sua grande maioria assintomáticos ou com sintomas leves, foram identificados, isolados e desembarcados, conforme o protocolo vigente, assim como seus contatos próximos, representando pouca ou nenhuma carga para os recursos médicos de bordo ou em terra.

“Fato este que comprova a eficiência dos rigorosos protocolos da indústria de cruzeiros, que foram desenvolvidos e aprovados em parceria com a Anvisa e outros órgãos governamentais para minimizar a possibilidade de infecções, priorizando a saúde e segurança dos hóspedes, tripulantes e das comunidades visitadas”, informou.

“Embora discordemos da recomendação dessa nota técnica, reforçamos o nosso compromisso em continuar colaborando e trabalhando ao lado da Anvisa, do Ministério da Saúde e das autoridades dos estados e cidades que recebem cruzeiros para garantir a saúde e a segurança de todos”

Ainda segundo a associação, levando em conta que nenhum ambiente está imune ao Covid-19, “vale destacar que os navios, no momento em que vivemos, oferecem um dos maiores níveis de proteção, destacando-se como uma das mais seguras opções de férias, devido ao seu ambiente muito mais controlado, em relação a outros tipos de viagem ou meios de transporte, com destaque para o fato de que se trata de uma temporada 100% nacional, com hóspedes brasileiros, os mesmos que poderiam entrar nessas cidades por via terrestre ou aérea”.

cruzeiros porto maceió

Segundo a Clia, os mais de 300 casos, em sua grande maioria assintomáticos ou com sintomas leves, foram identificados, isolados e desembarcados de forma segura (Emile Valoes/Secom Maceió)

Como já divulgado pelo M&E, entre esses protocolos, está o teste diário de mais de 10% da tripulação e dos passageiros, além da obrigação de testes pré-embarque, vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegíveis dentro do Plano Nacional de Imunização), menor ocupação no navio, uso de máscaras, preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante, plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com todos os modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes, além de medidas adicionais que têm sido implantadas pelas empresas do setor.

“Vale destacar que os navios, no momento em que vivemos, oferecem um dos maiores níveis de proteção, destacando-se como uma das mais seguras opções de férias, devido ao seu ambiente muito mais controlado”

“Embora discordemos da recomendação dessa nota técnica, que se contrapõe ao que está ocorrendo em regiões como os Estados Unidos, Europa e Caribe, com operações de mais de 250 navios e 5 milhões de hóspedes embarcados, reforçamos o nosso compromisso em continuar colaborando e trabalhando ao lado da Anvisa, do Ministério da Saúde e das autoridades dos estados e cidades que recebem cruzeiros para promover a saúde e a segurança de todos”, informou a Clia Brasil.

Dados do setor de cruzeiros no Brasil e nos EUA

  • A temporada atual tem previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos, envolvendo uma cadeia extensa de setores da economia, entre eles comércio, alimentação, transportes, hospedagem, serviços turísticos, agenciamento, receptivos e combustíveis, entre muitos outros.
  • Estima-se, conforme estudo da Clia Brasil em parceria com a FGV, que cada navio gera em torno de R$ 350 milhões de impacto para a economia brasileira. A cada 13 cruzeiristas, um emprego é gerado.
  • Nos Estados Unidos, onde a temporada de cruzeiros foi retomada no mês de junho de 2021, mais de 100 navios embarcaram cerca de 1 milhão de pessoas, com mais de 10 milhões de testes de Covid-19 já aplicados, taxa 21x maior do que a testagem nos EUA.
  • Os dados mais recentes mostram que, mesmo com taxas de teste mais altas, a indústria de cruzeiros continua a atingir taxas significativamente mais baixas de ocorrência de Covid-19 nos EUA, 33% menores do que em terra.
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