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Marco Ferraz, da Clia Brasil (Ana Azevedo/M&E)
BUENOS AIRES – A próxima edição do Cruise 360 Brasil, organizada pela Clia Brasil, acontecerá entre os dias 23 e 24 de fevereiro, com público de 800 pessoas. O número mais do que dobrou em relação à edição anterior, quando 300 profissionais compareceram.
“O evento deste ano foi transferido para fevereiro devido à indisponibilidade do local após o Carnaval. A meta é também oferecer visitas técnicas a quatro navios, além de um dia de treinamento sobre destinos, incluindo Buenos Aires, que já demonstrou interesse”, salienta Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS.
Segundo o executivo, para que o Brasil se torne também competitivo em vendas de cruzeiros, a qualificação profissional é imprescindível. “Ao capacitar agentes de viagens que não vendem cruzeiros, mas que, por meio da qualificação, aprendem e começam a vender, criamos um impacto positivo na economia.
Temos em torno de seis mil agentes cadastrados nas companhias que vendem o produto no país; no entanto, a dinâmica sempre foi 80/20, ou seja, 20% dos agentes vendem 80% dos cruzeiros. Contudo, se considerarmos que há 37 mil no Cadastur, ao incluirmos mais mil ou dois mil agentes, isso ajudará muito nas vendas totais da temporada e atrairá mais navios para a região”, contextualiza Ferraz.
Marco aponta ainda que, hoje, a venda de cruzeiros no Brasil tem uma penetração de 0,4% da população, enquanto na Austrália é de 6% e nos Estados Unidos, 3%. “Se tivermos 1% das vendas em relação à população total do país, já teremos 2 milhões de cruzeiristas. Aos poucos, se o governo nos ajudar e a iniciativa privada colaborar, e se formos competitivos, chegaremos a patamares mais altos, como o da Austrália”, diz.
Considerando que, dos 31 milhões e 700 mil cruzeiristas do ano passado, 17 milhões eram americanos, chegar perto desses números levará tempo. Na Europa, os números apontam para um volume entre 7 e 8 milhões. “Nós nos espelhamos muito na Austrália, que tem 1,3 milhão de cruzeiristas, mas ainda precisamos crescer bastante para chegar perto deles”, finaliza.
