● Temporada 2022/2023 movimenta R$ 5,1 bilhões e mais de 802 mil cruzeiristas
● Foi a maior temporada da história do Brasil desde 2011/2012
● Para a temporada 2023/24, que inicia no mês de outubro, a perspectiva é de um novo recorde
● Serão 195 dias de navegação, 212 roteiros e 763 escalas nos destinos brasileiros
BRASÍLIA – O 5º Fórum Clia Brasil, que ocorre nesta quarta-feira (30), na Confederação Nacional de Municípios, em Brasília, foi palco para a divulgação dos números históricos da Temporada de Cruzeiros de 2022/23, a qual movimentou R$ 5,1 bilhões de reais e mais de 802 mil cruzeiristas, com a operação de nove navios, percorrendo 17 destinos.
“Essa foi a maior temporada da história, desde 2011/12, e agora temos que trabalhar para continuarmos nesse ritmo, poque custo de operações aqui é 40% mais caro, o que nos faz perder competitividade e nos coloca em risco real de perda de embarcações”
“Essa foi a maior temporada da história, desde 2011/2012, e agora temos que trabalhar para continuarmos nesse ritmo, porque mercados como a China, Emirados Árabes Unidos e Europa estão novamente em funcionamento, e quando se compara o custo de operação lá e o custo aqui, vemos que no Brasil o saldo é 40% mais caro, o que nos faz perder competitividade e nos coloca em risco real de perda de embarcações”, apontou Adrian Ursilli, presidente do Conselho da Clia Brasil e diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil.
Os números superam o recorde de 2011/12, quando 20 navios atuaram na costa brasileira. Para a temporada 2023/24, que inicia no mês de outubro, a perspectiva é ainda melhor. Ao longo de 195 dias de navegação, a oferta será de 887.832 leitos, a serem distribuidos por nove embarcações, que percorrerão 18 destins. O impacto econômico esperado está novamente acima dos R$ 5 bilhões. Durante o período haverá 212 roteiros e 763 escalas nos destinos brasileiros.
“Nesta temporada, 82 navios irão para a América do Sul e somente 42 passarão pelo Brasil, por quê? Falta de Infraestrutura? Altos Custos? Estamos aqui para discutir essas questões e frisar que temos que trabalhar juntos, porque somos uma comunidade a fim influenciar o desenvolvimento do setor e a resolução desses problemas”, declara Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil.
“Estamos aqui para frisar que temos que trabalhar juntos, porque somos uma comunidade a fim influenciar o desenvolvimento do setor”
Temporada gera quase 80 mil postos de trabalho
De acordo com os dados da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), lançados no encontro, na Temporada 2022/2023 foram gerados 79.567 postos de trabalho, volume 3,5 vezes maior do que na temporada anterior. No que tange ao perfil do cruzeirista, o levantamento constatou que 78% dos viajantes desceu, em pelo menos, uma parada do roteiro, além disso, 87% desejam retornar ao destino visitado durante a viagem de navio e 92% almeja uma nova viagem no pelo meio marítimo.
Desses, 60,8% são mulheres e 39,2%, homens. Em relação ao estado civil, 61,4% informaram ser casados ou estar em união estável. De maneira geral, os cruzeiristas viajam acompanhados (98,9%), sendo os principais acompanhantes filhos e parentes (51,9%), cônjuge (24,7%), e amigos (19,5%). Vale ainda ressaltar, que o número de turistas residentes no Brasil que realizaram viagens de cruzeiros no exterior durante o ano de 2022 foi de 75,3 mil, gerando uma receita estimada de R$ 554 milhões (R$ 320 milhões a mais que em 2021).
“O agente de viagens é responsável pela comercialização e 95% do cruzeiros que são vendidos”
No Brasil, os destinos mais buscados são o Nordeste (66,2%) e no exterior, o destaque vai para o Caribe (41,8%) e Europa (36,8%). Presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Magda Nassar aproveitou o momento para ressaltar o papel da classe profissional na distribuição do produto.
“O agente de viagens é responsável pela comercialização e 95% do cruzeiros que são vendidos. Como entidade, estamos lutando diariamente para defender esses profissionais e por meio de pleitos, criar resoluções que sanem os nossos problemas, além disso a atuação conjunta com outros órgão como a Clia, corrobora para que causemos um impacto positivo na indústria turística, visto que um dos entraves da atividade são as altas tarifas e burocracia”, complementa.
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