O que era para ser uma viagem dos sonhos acabou virando um verdadeiro pesadelo para dezenas de passageiros do cruzeiro temático ‘Energia On Board’. Com saída programada para a tarde da última quinta-feira (20), do Porto de Santos (SP), o navio Costa Pacifica sofreu um grave problema de overbooking, deixando cerca de 250 turistas sem embarque e causando tumulto no terminal.
Muitos passageiros passaram mais de 15 horas em filas, aguardando informações que nunca chegaram. Alguns só descobriram que ficariam de fora do cruzeiro na última hora. O navio, fretado pela empresa On Board Entretenimento, oferecia um roteiro para Angra dos Reis (RJ) com shows de artistas consagrados dos anos 80, como Paulo Ricardo, Sandra de Sá, Double You e Jon Secada. Os ingressos custavam entre R$ 5 mil e R$ 12 mil.
O embarque dos novos passageiros deveria ocorrer logo após o desembarque de 3.404 turistas da viagem anterior. No entanto, por volta das 22h, a empresa organizadora admitiu que cerca de 250 pessoas não conseguiriam entrar no navio. O caos no local exigiu a intervenção das polícias Civil e Federal, além da Guarda Portuária e da segurança do terminal Giusfredo Santini, administrado pelo Concais.
Empresa se defende, mas caso é investigado
Diante da confusão, a On Board Entretenimento ofereceu hospedagem e transporte para os passageiros prejudicados. O sócio da empresa alegou que a venda de cabines saiu de controle, mas garantiu que não houve má-fé e que todos os clientes seriam ressarcidos. Apesar disso, o caso foi registrado como estelionato e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Em nota, a Costa Cruzeiros lamentou o ocorrido e afirmou que cerca de 100 passageiros não conseguiram embarcar. A empresa destacou que alguns turistas chegaram sem os formulários e números de reserva exigidos, causando atrasos e levando a um adiamento da partida para as 2h da manhã de sexta-feira (21).
A companhia também ressaltou que a responsabilidade pelo evento e pela administração da lista de passageiros era exclusivamente da On Board Entretenimento. “A Costa fez todo o possível para viabilizar o embarque daqueles que estavam sem documentação adequada, garantindo conformidade com normas e protocolos de segurança”, disse em comunicado.
O caso segue em investigação, e os passageiros afetados tentam reaver o prejuízo de uma viagem que nunca aconteceu.