A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), que representa 160 empresas do ecossistema de transporte aéreo, incluindo 40 companhias aéreas responsáveis por mais de 80% do tráfego aéreo na região, manifesta sua preocupação com o recente aumento de impostos sobre passagens aéreas na Argentina, uma vez que essa medida impactará o custo das passagens aéreas, desestimulando a demanda em um momento chave para a recuperação do setor.
Antes deste aumento, a Argentina já enfrentava um ambiente difícil em comparação com outros países da região. De acordo com o Índice de Competitividade da Alta – Amadeus 2022, enquanto países como o Brasil, Chile e Cuba oferecem tarifas mais competitivas, a Argentina tem uma carga tributária significativamente maior, com a taxa de embarque representando 30% do preço médio do bilhete no segundo trimestre de 2022, 84% maior do que a média da região.
“A Argentina é o país menos competitivo em termos de taxas sobre os bilhetes, que ascendem a 112% do preço. Este quadro fiscal torna as passagens aéreas consideravelmente mais caras e de mais difícil acesso para as pessoas que não precisam viajar apenas por turismo”, informou a associação, em nota.
O turismo internacional por via aérea na Argentina está 18% abaixo dos níveis de 2019 (acumulado de janeiro a setembro de 2023), e esse novo aumento torna as passagens aéreas ainda mais caras. Essa situação desestimula a demanda em um momento importante em que os argentinos estão planejando viagens de verão. Além disso, no acumulado de janeiro a outubro, o tráfego internacional de passageiros está 22% abaixo dos níveis de 2019, uma das recuperações mais lentas da região.
“Estamos convencidos de que uma revisão dessa política tributária é essencial para promover a recuperação do setor aéreo na Argentina e melhorar sua competitividade em nível regional. Estamos empenhados em trabalhar com as autoridades para encontrar soluções que apoiem o crescimento sustentável da aviação e do turismo, beneficiando tanto o setor como os consumidores. Nosso apelo é para se reconsiderar esta medida”, complementou a Alta.