Após decidir por taxa turística, Veneza vai proibir grupos de passeios e uso de alto-falantes

Para limitar o turismo de massa e tornar a cidade mais sustentável, as autoridades de Veneza propuseram duas mudanças importantes (Divulgação)

A cidade italiana de Veneza continua a sua batalha contra o que acredita ser o “overtourism”, expressão utilizada em inglês relacionada ao excesso de turismo em determinado destino. Para limitar o turismo de massa e tornar a cidade mais sustentável, as autoridades de Veneza propuseram duas mudanças importantes: quer limitar o número de grupos de passeios a pé a 25 pessoas ou menos e proibir o uso de alto-falantes. Os grupos turísticos também serão proibidos de parar em ruas estreitas, pontes ou passagens.

É uma reclamação ouvida inúmeras vezes em grandes cidades como Nova York, Chicago e Los Angeles – pessoas parando em massa enquanto caminham para admirar atrativos. “Os grupos não podem exceder 25 pessoas, ou seja, metade dos passageiros de um autocarro turístico. Também será proibido o uso de alto-falantes que possam causar confusão e perturbação”, diz um comunicado no site oficial da cidade italiana. Apesar disso, as resoluções ainda precisam ser aprovadas pela Câmara Municipal.

Apesar disso, outras medidas já foram tomadas. Os passeios de gôndola na Praça de São Marcos, no centro da cidade, por exemplo, já diminuíram para limitar o número de turistas e o uso dos canais, enquanto os museus de Veneza já limitam grupos a 25 pessoas. Essas se somam as novas medidas apresentadas. A gestora de segurança municipal, Elisabetta Pesce, afirmou que se trata de “uma medida importante para melhorar a gestão dos grupos”, bem como “promover o turismo sustentável e garantir a protecção e segurança da cidade”.

Veneza também está implementando uma pequena sobretaxa para os excursionistas que visitam a cidade. Os turistas muitas vezes superam os residentes na cidade. Com isso, todos os visitantes maiores de 14 anos deverão pagar uma taxa de cinco euros e reservar a entrada na cidade com antecedência a partir deste ano (ainda sem data certa para entrada em vigor). Esta taxa tinha tudo para entrar em vigor em janeiro do ano passado, mas acabou sendo adiada mais uma vez pela prefeitura local.